Musicoterapia
Efeitos da
Música Sobre as Plantas
Uma série de experiências interessantes e
eventualmente muito controversas sobre os efeitos da música sobre as plantas
começou em 1968 quando Dorothy Retallack, uma organista profissional e
mezzo-soprano, que deu concertos no Beacon Club de Denver, entre 1947 e 1952,
sentiu-se deslocada quando seus oito filhos foram para a faculdade. Para não
ser o único membro da família sem um diploma, a Sra. Retallack surpreendeu sua
própria família com a sua própria inscrição para o curso de música na Faculdade
Temple Buel. Sendo solicitada a produzir uma experiência de laboratório na área
de biologia, a Sra. Retallack lembrou-se vagamente de haver lido um artigo
sobre Goerg Smith haver tocado discos em campos de milho.
Seguindo o exemplo do Sr. Smith ela juntou-se a um
colega de estudos, cuja família providenciou um quarto vazio em sua casa e
criou dois grupos [de plantas], os quais incluíam filodendros, milho,
rabanetes, gerânios e violetas africanas. Os cientistas novatos suspenderam
luzes Grolux sobre um grupo e tocaram gravações das notas musicais Si e Ré,
tocadas ao piano a cada segundo, alternando com cinco minutos de silêncio. A
gravação era tocada continuamente por doze horas por dia. Durante a primeira
semana, as violetas africanas, que haviam murchado no início da experiência,
reviveram e começaram a florescer. Por dez dias todas as plantas pareciam estar
se desenvolvendo bem; mas no final da terceira semana todas as plantas, como se
atingidas por um vento forte, morreram, com a notável exceção das violetas
africanas, as quais permaneceram de alguma forma sem serem afetadas
exteriormente. O grupo de controle, que foi deixado crescer em paz, floresceu.
Quando ela relatou estes resultados ao seu professor
de biologia, e perguntou se poderia realizar uma experiência com um controle
mais elaborado para o crédito no curso, ele concordou relutantemente. "A
idéia me fez resmungar um pouco," disse mais tarde o Prof.Browan,
"mas era uma novidade e decidi aceitá-la, embora a maioria dos outros
estudantes tenha rido alto." Browan disponibilizou para a Sra. Retallack
três Câmaras Ambientais Bitronic Mark3, de quinze metros de comprimento,
compradas recentemente pelo seu departamento, semelhantes em formato a aquários
caseiros, mas muito maiores, as quais permitiam um controle preciso da luz,
temperatura e umidade.
Separando um grupo como controle, Retallack usou as
mesmas plantas que na primeira experiência, com exceção das violetas. Tentando
encontrar a nota musical mais apropriada à sobrevivência [das plantas], a cada
dia ela tentou uma nota Fá, tocada continuamente por oito horas em uma câmara e
três horas intermitentemente em outra. Na primeira câmara suas plantas estavam
completamente mortas dentro de duas semanas. Na segunda câmara as plantas
estavam muito mais saudáveis do que as [da câmara de controle] que foram
deixadas em silêncio.
A Sra. Retallack e o Prof.Browan ficaram confusos com
estes resultados, pois não tinham idéia do que poderia estar causando as
reações divergentes e não ajudaria em nada ficar se perguntando se as plantas
haviam sucumbido a fadiga, ou tédio ou se tinham simplesmente "ficado
malucas". As experiências precisas levantaram uma onde de controvérsia no
departamento, pois tanto estudantes quanto professores ou rejeitavam todo este
esforço como sendo espúrio, ou ficavam intrigados pelos resultados
inexplicáveis. Dois estudantes fizeram uma experiência de oito semanas com
abóboras de verão, tocando música de duas estações de rádio de Denver nas suas
câmaras, uma rádio especializada em música rock fortemente acentuada e outra em
música clássica.
As trepadeiras não ficaram indiferentes às duas formas
musicais: aquelas que foram expostas a Hadyn, Beethoven, Brahms, Schubert e
outros mestres europeus dos séculos dezoito e dezenove cresceram na direção do
rádio transistorizado, uma delas até mesmo enroscando-se gentilmente em volta
dele. As outras abóboras cresceram afastando-se da transmissão do rock e até
tentaram subir mas paredes escorregadias de sua caixa de vidro.
Impressionada pelo sucesso de seus amigos, a Sra.
Retallack executou uma série de experimentos similares no início de 1969 com
milho, abóboras, petúnias, zínias e malmequeres; ela notou o mesmo efeito. A
música rock ou fazia com que as plantas a princípio crescessem de muito, de
forma anormal e com muito poucas folhas ou permanecessem mirradas. Dentro de
duas semanas todos os malmequeres haviam morrido, mas a apenas dois metros de
distância malmequeres idênticos. Desfrutando dos sons clássicos, estavam
florescendo. Ainda mais interessante, a Sra. Retallack descobriu que mesmo
durante a primeira semana, as plantas estimuladas pelo rock estavam usando
muito mais água do que a vegetação que era entretida pela música clássica, mas
aparentemente tirava manos proveito disso, uma vez que o exame das raízes no
décimo oitavo dia revelou que o seu crescimento no solo era pequeno no primeiro
grupo, medindo apenas cerva de uma polegada, enquanto que no segundo grupo elas
eram grossas, curvadas e cerca de quatro vezes mais longas.
Neste ponto, vários críticos sugeriram que as
experiências eram inválidas, por causa de variáveis tais como o zumbido dos
sessenta ciclos, o "ruído branco" ouvido de um rádio sintonizado em
uma freqüência não ocupada por uma estação radio transmissora, ou as vozes dos
apresentadores de propagandas, emitidas pelos aparelhos de rádio, não haviam
sido levadas em conta. Tara satisfazer a estas críticas, Retallack gravou
música rock a partir de discos. Ela selecionou as execuções de rock
extremamente percussivo de Led Zepplin, Vanilla Fudge and Jimi Hendrix. Quando
as plantas se afastaram desta cacofonia, Retallack girou todos os vasos em 180
graus, apenas para ver as plantas inclinarem-se na direção oposta. Isto
convenceu a maior parte dos críticos de que as plantas estavam definitivamente
reagindo aos sons da música rock.
Tentando determinar o que havia na música rock que
perturbava tanto as plantas, Retallack supôs que poderia ser o componente
percussivo da música e começou ainda uma outra experiência no outono.
Selecionando a conhecida música espanhola "La Paloma", ela tocou uma
versão desta música executada em tambores de aço em uma câmara e outra versão
desta música tocada com cordas na segunda. A percussão causou nas plantas de
Retallack uma inclinação de dez graus com relação à vertical, mas nada
comparável ao rock. As plantas que ouviam as cordas inclinaram-se quinze graus
em direção à fonte da música.
Bibliografia:
Livro: "The
Secret Life of Plants"
de: Peter Tompkins
and Christopher Bird.
Editores: Harpers and Row.
Trechos extraídos do capítulo 10 "A
Vida Harmônica das Plantas"
http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/experiencias/efeitos_plantas.htm
Experiência Acerca do Efeito da Música no Crescimento
de Plantas - 2
Objetivo - Verificar alterações no crescimento de
plantas através da utilização da música.
Duração - 13 dias, a saber: do dia 23/08/2002 até o
dia 05/09/2002. O resultado será apresentado em um simpósio de Música Sacra em
Maringá - PR no dia 07/09/02 e este é o motivo de encerrar a experiência nesta
data.
Ambientação - Dois recipientes de metal, côncavos,
medindo 9 cm. de diâmetro por 3 cm. de altura. Nestes recipientes foi colocado
terra de jardim, e em cada um deles, 7 grãos de feijão, deitados, colocados em
espaços eqüidistantes entre si, sem preocupação específica com o
posicionamento, sendo que cada grão recebeu uma leve pressão para entrar na
terra até a metade. Os recipientes são regados ao mesmo tempo com uma colher,
para assegurar que ambos recebam sempre a mesma quantidade de água.
Duas luminárias iguais, com lâmpadas tipo spot de 40
Watts foram instaladas sobre ambos os recipientes a uma altura de 50 cm.,
medidos da superfície onde estão os recipientes até a borda da luminária. A
luminosidade provida pelas lâmpadas deve sobrepujar qualquer diferença de
luminosidade do ambiente.Tendo em vista que a luminosidade virá de cima, não
será necessário virar periodicamente os recipientes, pois o problema de
fototropismo lateral deixa de existir.
O recipiente que chamarei de A será o objeto do teste.
Este recipiente será submetido a uma "dieta" contínua de música sacra
erudita. As músicas escolhidas foram as seguintes:
Haydn - Oratório A Criação (Die Schöpfung)
Haendel - O Messias
Bach - Grande Missa em Si Menor BWV 232
Bach - Cantata BWV 140 e Cantata BWV80
Mozart - Grande Missa em Dó Menor K427 e
Missa da Coroação K317
O outro recipiente, que chamarei de B, será o
controle. Ele recebe os mesmos cuidados do recipiente A, mas está em um
ambiente silencioso, a não ser pelos ruídos normais de uma residência.
Sistema de som - Utilizando um CD Player com
capacidade para 5 discos, tocando através de duas caixas acústicas, com as
seguintes características: 21 x 14 cm, três vias, sendo 1 woofer de 4", 1
médio de 2" e 1 tweeter de 1", 160W. Durante o dia é mantido um
volume moderado, sendo abaixado durante a noite. As faixas são escolhidas de
forma aleatória pelo sistema de som (comando "shuffle"). A
equalização do som é mantida "flat", ou seja, igual para todas as
freqüências.
Diário de Observações
23/08 - 10:00
Os grãos de feijão foram plantados, conforme descrito
acima
26/08 - 15:00
Os brotos estão crescendo com uma velocidade
espantosa. No recipiente A (que está com música) um broto cresceu muito, e está
com cerca de 5cm.
27/08 - 14:00
O broto de feijão maior no recipiente A está hoje com
15 cm., enquanto que o do recipiente B está com 10 cm.
28/08 - 15:00
As plantas continuam se desenvolvendo normalmente A
situação atual é a seguinte:
Recipiente A (com música) - Todos os grãos brotaram.
Maior altura: dois brotos empatados com 24 cm. Menor altura: 12 cm.
Recipiente B (sem música) - Todos os grãos brotaram.
Maior altura: 21 cm. Menor altura: 5 cm.
30/08 - 10:00
Os brotos continuam crescendo normalmente. Na verdade,
está me parecendo que o recipiente está ficando pequeno para brotos tão
grandes. Pensei em transplantá-los para um recipiente maior, mas como isso pode afetar
as plantas e causar acidentes, como a quebra de brotos, decidi não fazer isto,
já que este fato não afetará a validade da experiência,
uma vez que as condições são iguais para os dois ambientes.
Recipiente A Maior altura: 33 cm.
Menor altura: 22 cm.
Recipiente B Maior altura: 29 cm.
Menor altura: 12 cm.
01/09 - 12:00
No recipiente B aconteceu um fato
que eu nunca tinha visto. Um dos brotos, apesar de ter o talo bem desenvolvido,
não conseguiu abrir as folhas. Elas ficaram presas entre as duas metades do
grão de feijão, pois estas não conseguiram romper a casca e abrirem-se. Por
este motivo as pequenas folhas secaram e o broto provavelmente irá morrer.
Neste mesmo recipiente, dois
brotos se inclinaram para o lado, ficando deitados, enquanto que todos os
outros, inclusive do outro recipiente continuam eretos. Os crescimentos dos
brotos continuam normalmente. Estarei encerrando a experiência na quinta-feira,
dia 05/09.
03/09 - 11:00
O broto cujas folhas secaram não
morreu, mas parou de crescer e provavelmente morrerá (Ver relato anterior). Um
dos brotos do recipiente A inclinou-se para o lado, ficando deitado, mas não
está quebrado. Ainda no recipiente A, tive que deslocar a lâmpada um pouco para
a lateral, porque os brotos estavam quase alcançando-a, o que poderia
queimá-los. Os tamanhos atuais são os seguintes:
Recipiente A Maior altura: 46 cm.
Menor altura:27 cm.
Recipiente B Maior altura: 36 cm.
Menor altura: 21 cm. (Sem levar em conta o broto cujas folhas secaram).
05/09 - 12:00
A experiência foi encerrada, as
plantas foram colocadas, juntamente com os recipientes, em tubos de PVC,
possibilitando o transporte com o mínimo de dano. As folhas superiores de um
dos brotos do recipiente A despontam acima do tubo de 50 cm!! A partir deste
momento os recipientes estiveram sempre juntos, e não houve mais música.
07/09 - 15:00
Os recipientes com experiência
foram mostrados no Encontro de Corais de Maringá - PR, em uma palestra
realizada para aproximadamente 400 pessoas a respeito dos efeitos da música.
Esta palestra está disponível na Internet. Clique aqui para ver a palestra.
Após a palestra foram realizadas medições e a experiência foi definitivamente encerrada.
Os
resultados foram os seguintes:
Quantidade de Brotos - 7
Recipiente A
Tamanho dos Brotos - (cm.) - 29 -
44 - 53 - 36 - 55 - 34 - 40
Média de Tamanho - (cm.) - 41, 57
Recipiente B
36 - 38 - 15* - 36 - 22 - 25 - 44
33,5 (30,85**)
(*) - Conforme relatado em 01/09,
este broto não se desenvolveu corretamente.
(**) - Média considerando o broto
que não se desenvolveu corretamente.
Outras
observações:
- Não foi notada qualquer
alteração ou diferença no substrato de terra empregado. Nos últimos 3 dias a
luminária que estava sobre o recipiente A foi levantada cerca de 10 cm., para
evitar que os brotos que cresceram muito se queimassem no contato com a
lâmpada.
- Os grãos do recipiente A
brotaram ligeiramente antes e tiveram uma média de crescimento maior desde o
princípio.
- As plantas do recipiente A
apresentaram folhas maiores e mais viçosas e caules mais grossos.
Conclusão:
- Como a presença da música foi o
único fator diferenciado entre os dois recipientes, podemos concluir que a
música causou um aumento de 24% no crescimento médio das plantas submetidas ao
teste.
Se você de interessa pelo assunto
e pretende repetir a experiência, faça anotações detalhadas, me escreva e eu
terei prazer em publicá-las.
http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/experiencias/experiencia2.htm
Experiência Acerca do Efeito da Música no Crescimento
de Plantas - 1
Objetivo - Verificar
alterações no crescimento de plantas através da utilização da música.
Duração - De
04/08/2002 a 05/09/02. Estabeleci este período, porque o resultado será
apresentado em um simpósio de Música Sacra em Maringá - PR no dia 07/09/02 e
estarei encerrando a experiência nesta data.
Ambientação - Dois
recipientes redondos de plástico transparente, medindo 13 cm de diâmetro por 5
cm de altura. Nestes recipientes foi colocado um substrato de algodão molhado e
sobre ele foram colocadas os seguintes grãos, em cada recipiente:
6 grãos de milho
10 grãos de soja
5 grãos de feijão
Os grãos foram
colocados de forma mais ou menos eqüidistante entre si, sem preocupação a
respeito do posicionamento específico.Os grãos não receberam qualquer
preparação especial.
Os recipientes foram
colocados em ambientes diferentes, com aparentemente a mesma intensidade de
iluminação em todos os períodos do dia, sem receber luz solar direta. Não tenho
equipamentos para medir a luminosidade de forma objetiva, tive que me basear na
impressão visual. Ambos recebem a mesma quantidade de água e são virados em 90
graus (1/4 de volta) diariamente, para diminuir os efeitos do direcionamento
das plantas em direção aos raios de luz (fototropia).
O recipiente que
chamarei de A será o objeto do teste. Utilizando um CD Player com capacidade
para 5 discos, este recipiente será submetido a uma "dieta" contínua
de música sacra erudita. As músicas escolhidas foram as seguintes:
Vivaldi - Juditha
Triumphantis RV644
Haendel - O Messias
Bach - Grande Missa
em Si Menor BWV 232
Bach - Cantata BWV
140 e Cantata BWV80
Mozart - Grande Missa
em Dó Menor K427 e Missa da Coroação K317
Utilizando duas
caixas acústicas pequenas (18x10 cm), com um woofer e um tweeter em cada uma,
coloquei uma delas deitada, com o alto-falante para cima, colocando o
recipiente diretamente sobre ela. A segunda caixa foi colocada em pé, ao lado,
voltada para o recipiente. Durante o dia é mantido um volume moderado, sendo
abaixado durante a noite.As faixas são escolhidas de forma aleatória pelo
sistema de som (comando "shuffle"). A equalização do som é mantida
"flat", ou seja, igual para todas as freqüências.
O recipiente B será o
controle. Ele recebe os mesmos cuidados do recipiente A, mas está em um
ambiente silencioso, a não ser pelos ruídos normais de uma residência.
Diário de Observações
04/08 - 10:00
Plantei as sementes e
montei o ambiente, conforme descrito acima.
06/08 - 11:00
Recipiente A - Há 3
feijões brotando. As raízes tem cerca de 3 mm, já penetrando no substrato de
algodão.
Recipiente B - Um
feijão brotou, mas apenas despontou a raiz, com cerca de 1 mm.
06/08 - 14:00
Um milho do
recipiente A começou a brotar.
07/08 - 10:00
Recipiente A - Os 3
feijões e o milho que haviam brotado ontem estão começando a se levantar. Outro
feijão brotou e a raiz já está penetrando no substrato. Um grão de soja também
brotou.
Recipiente B - A raiz
do feijão brotado ontem penetrou no algodão. Mais um feijão brotou. Um grão de
soja rompeu a casca, tentando brotar, mas a raiz não despontou.
Geral - Me parece que
os grãos de soja não são de boa qualidade. Algumas manchas pequenas de mofo
apareceram sobre e próximo a eles, em ambos os recipientes.
07/08 - 16:00
Devido a problemas
técnicos com as duas caixas que eu estava usando (mais de 15 anos de idade, e
alguns tombos no currículo) troquei-as por duas caixas novas, com as seguintes
características: 21 x 14 cm, três vias, sendo 1 woofer de 4", 1 médio de
2" e 1 tweeter de 1", 160W. A colocação das caixas foi alterada,
ficando uma de cada lado do recipiente A.
08/08 - 10:00
Recipiente A - As
raízes dos feijões que brotaram primeiro estão fortes e adquirindo cor
esverdeada. O grão de milho que brotou já está exibindo o broto secundário, que
vai gerar o caule. Mais um grão de soja brotou.
Situação atual: Milho
- Apenas um grão brotou e está crescendo rápido. - Feijão - Todos os grãos,
exceto um, brotaram e estão quase se levantando. - Soja - Dois grãos brotaram.
Recipiente B - Mais
um grão de soja está tentando romper a casca.
Situação atual: Milho
- Nenhum grão brotou. - Feijão - Dois grãos brotaram. - Soja - Dois grãos estão
tentando brotar, mas o broto ainda não despontou.
14/08
Explicação adicional
- Infelizmente não me foi possível, por problemas de tempo, publicar as
observações nos dias 09 a 13/08. Além disto, percebi alguns problemas técnicos,
que vou detalhar em seguida. Vou relatar agora a situação atual:
Recipiente A
Milho - dois grãos de
estão brotados. O maior deles tem 14 cm. de altura.
Feijão - Quatro grãos
brotaram. O maior deles está com 28 cm de altura.
Soja - três grãos
brotaram. O maior deles tem 11 cm de altura.
Recipiente B
Milho - Nenhum grão
brotou.
Feijão - 3 grãos
brotaram. O maior deles está com 20 cm.
Soja - dois grãos
brotaram. O maior deles está com 4 cm de altura.
Alterei, por uma
questão de preferência pessoal, o CD com a gravação de Vivaldi - Juditha
Triumphantis RV644, para Haydn - Oratório A Criação (Die Schöpfung)
Problemas técnicos: O
maior problema tem sido a luminosidade. Como havia colocado anteriormente, não
tenho aparelhos específicos para medir a luminosidade, portanto tive que
confiar na impressão visual. Mas no dia 09, fazendo comparações de sombra, vi
que o recipiente B (que não recebe música), está recebendo uma luminosidade
ligeiramente maior que o recipiente A. Isto pode ser um problema sério, já que
as plantas são muito sensíveis à luz. Na experiência que fiz anteriormente,
estava em outra casa, que possuía dois quartos separados com amplas janelas
para o lado do nascente. Foi só colocar cada recipiente nas janelas de quartos
diferentes e a luminosidade igual estava garantida. Aqui a situação é outra.
Uma outra preocupação
é o tamanho das hastes, que já estão quase com 30 cm. e continuam crescendo
rápido. Isto é um problema, porque quero apresentar esta experiência em Maringá
- PR no dia 07 de setembro. O problema está em como transportar os recipientes
sem causar dano às plantas.
Mais um problema é o
aparecimento de manchas de bolor no substrato de algodão de ambos os
recipientes. Isto me causa preocupação com a possibilidade de aparecer alguma
doença nas plantas, que prejudicaria a experiência. Se elas recebessem sol
diretamente, mesmo que por algumas horas por dia, isto seria mais difícil de
acontecer. Mas não tenho nenhum local apropriado, com dois ambientes separados,
onde um possa ficar com música continuamente e outro não.
15/08 - 12:00
As plantas que estão
no recipiente A (com música) continuam crescendo com um ritmo impressionante. O
broto de feijão mais alto está com 31 cm. Mas este não é o mesmo broto que
ontem estava com 28 cm. Aquele cresceu muito e deitou-se com o peso, e eu estou
medindo a altura diretamente. Este que hoje é o mais alto, estava ontem com 25
cm! Não há novos brotos, em qualquer dos recipientes.
Alteração Importante:
Para tentar equiparar as insolúveis diferenças de luminosidade, comprei duas
luminárias iguais, com lâmpadas tipo spot de 40 Watts e instalei sobre ambos os
recipientes a uma altura de 50 cm., medidos da superfície onde estão os
recipientes até a borda da luminária. A luminosidade provida pelas lâmpadas
deve sobrepujar qualquer diferença de luminosidade do ambiente. Tendo em vista
que agora a luminosidade virá de cima, não estarei mais virando diariamente os
recipientes, pois o problema de fototropismo lateral deixa de existir.
16/08 - 14:00
Nenhuma novidade a
relatar. O milho do recipiente A, que estava com 14 cm há dois dias atrás, hoje
está com 19 cm. Espero ter para domingo ou segunda-feira as primeiras fotos, do
início da experiência, para publicar aqui.
18/08 - 10:00
Hoje a experiência
está completando duas semanas. Tirei uma foto dos recipientes juntos para
possibilitar uma comparação da diferença no crescimento. Para ter uma idéia, o
milho, que estava com 19 cm no dia 16, hoje está com 25 cm. Os caules dos
brotos do recipiente A estão muito mais grossos, as folhas maiores e mais
verdes, em comparação com o recipiente B. Um outro dado comparativo importante
é que o desenvolvimento de manchas de bolor, que me preocupou anteriormente
está praticamente controlado no recipiente A, que apresenta apenas uma mancha
importante. Já no recipiente B, existem várias manchas, e também estrias
espalhadas por todo o substrato de algodão. Um broto de soja que havia começado
a brotar não foi adiante e secou.
20/08
As estrias que eu
verifiquei no dia anterior sobre o substrato de algodão parecem ser larvas de
mosquitos. Verifico que, aparentemente elas estão mortas. Mas só apareceram no
recipiente B.
22/08 - 09:00
Há dois dias atrás,
quando estava colocando água no recipiente A, precisei afastar uma das caixas.
Infelizmente, quando notei, eu havia colocado um dos cantos da caixa em cima do
broto de soja maior, que havia descido por causa de seu próprio peso, esmagando
o broto a uns 20 cm. da raiz. Isso fez com que o broto secasse daquele ponto
para cima.
23/08 - 10:00
As plantas continuam
crescendo normalmente, sendo que as do recipiente A continuam maiores que as do
recipiente B. Notei que uma das primeiras folhas do primeiro broto do
recipiente A começou a ficar amarelada.
25/08 - 11:00
Não consegui escanear
as fotos que eu havia tirado no começo da experiência para publicar aqui. A
folha do recipiente A que estava ficando amarelada está realmente secando. Não
sei a causa. A sua folha oposta começa a dar sinais de enfraquecimento. Uma folha
do primeiro broto do recipiente B também começou a ficar amarelada.
26/08 - 09:00
A folha que estava
amarelada no broto principal do recipiente A está enrugada, completamente
morta, embora ainda não tenha caído. A folha oposta está bastante amarelada. As
folhas que estavam começando a amarelar no recipiente B estão completamente
amarelas e começando a enrugar.
O caule do broto de
soja que eu havia esmagado por acidente (ver anotação do dia 22/08) ainda está
verde, mas está começando a dar sinais de que está morrendo. A ponta dele, a
partir do ponto que foi esmagado já está seca há vários dias, mas ainda não
caiu.
27/08 - 14:00
Hoje pela manhã notei
que a folha principal do maior broto de milho do recipiente A está caída, bem
como um broto de soja. Não sei o que ocasionou isto. Uma outra coisa que me
incomoda é que o recipiente B está ficando infestado por drosófilas
(mosca-de-fruta). Talvez elas sejam atraídas pelas grandes manchas de bolor
presentes neste recipiente. Estou pensando em descontinuar esta experiência e
ficar apenas com a segunda. Afinal de contas ainda faltam 10 dias para a
apresentação e, se continuar a infestação, isto vai criar uma situação
insustentável, pois o recipiente está dentro de casa.
28/08 - 15:00
Realmente decidi
descontinuar a primeira experiência. Tirei várias fotos, que serão publicadas
ao final da experiência, quando o filme for revelado. Cortei todos os brotos e
os medi, usando uma fita flexível, para acompanhar as curvas.
Resultados da
Experiência:
Recipiente A
Tipo do Grão Milho Fejão Soja
Quantidade de Brotos 2 4 3
Tamanho dos brotos -
(cm.) 34 / 40 43/54/51/45 24/23/28
Média de Tamanho 37 48,25 25(**)
(**) - O grão de soja
que era o maior do recipiente A foi esmagado acidentalmente no dia 20/08, o que
fez com que ele morresse. A medida que consta foi obtida do broto seco. Caso o
acidente não houvesse ocorrido, ele teria continuado a se desenvolver, e a
média deveria ser bem maior. Um segundo broto de soja apareceu quebrado no dia
27/08.
Recipiente B
Tipo do Grão Milho Feijão Soja
Quantidade de Brotos 0 3 1
Tamanho dos brotos -
(cm.) 44/52/41 32
Média de Tamanho 45,67 32
Outras observações: O
substrato de algodão do recipiente B continha várias larvas. A maior parte
estava morta, mas foi encontrada uma delas viva. Além disso, estava
completamente coberto de manchas pretas de bolor e começando a cheirar mal. O
recipiente A tinha algumas manchas pretas onde os grãos que não brotaram haviam
apodrecido com a umidade, mas estas não se alastraram pelo recipiente, estando
restritas aos pontos onde haviam sido colocados os grãos de soja.
Conclusão:
Aparentemente a música contribuiu para três fatores importantes:
1 - Maior quantidade
de grãos que brotaram, levando em conta a escolha aleatória dos grãos. Ainda
assim, todos os tipos de grãos tiveram uma quantidade maior de brotos que
vingaram com música.
2 - Maior crescimento
dos brotos, verificado desde o início da experiência. A comparação dos brotos
de soja ficou grandemente prejudicada devido ao acidente do dia 20/08.
3 - Melhora no
ambiente da cultura, caracterizado pela não existência de drosófilas ou larvas
no recipiente A, bem como uma quantidade significativamente menor de bolor.
Um fator a ser notado
é que a diferença proporcional de crescimento observada nos primeiros dias
(veja a observação de medição de altura no dia 14/08) não se manteve. Após um
certo período os brotos, mais adultos, tenderam para o equilíbrio em matéria de
tamanho, embora o recipiente A ainda apresentasse tamanhos ligeiramente maiores
e caules mais grossos.
Se você de interessa
pelo assunto e pretende repetir a experiência, faça anotações detalhadas, me
escreva e eu terei prazer em publica-las.
http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/experiencias/experiencia1.htm
Olá! Gostaria de dizer eu eu e algumas colegas de sala nos inspiramos no seu post para realizar nosso projeto da feira de ciências. Obrigada por detalhar tudo e nos ajudar tando. Att, Lavínia Barbosa. Nosso blog: evolucaodamusica.tumblr.com
ResponderExcluirLavinia, ainda não tinha conferido o resultado do trabalho de vocês.
ExcluirMas fiquei deveras emocionado com os resultados que conseguiram e publicaram. Trabalho científico , medido, analisado, conferido. Paciência e tenacidade. Eis os segredos do sucesso.
Sou tecnico em eletrônica e operador de Som voluntario.
Dedico num Culto religioso.
Mas sou filho de agricultor e estive envolvido na Lavoura até os 18 anos. Quando descobri essa matéria fiquei encantado e resolvi divulga la, para que mais pessoas tivessem a oportunidade de conhecer essa técnica ou ciência não sei, e fizesse um bom proveito.
E me emociona ver os resultados. Inclusive, porque vi fotos de crianças envolvidas. So temos que ter cuidado com a escolha das musicas, ritmos, qualidade dos aparelhos reprodutores etc. Uma frequência bel equalizada, tira o mérito da técnica.
Só posso lhes dar parabéns, pela ousadia de crer no projeto.
Vou seguir seus projetos.
Obrigado.
Edmilson Santos - Eddyfe.