quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Som & Musicoterapia - Efeitos da Música Sobre as Plantas



Musicoterapia
Efeitos da Música Sobre as Plantas

Uma série de experiências interessantes e eventualmente muito controversas sobre os efeitos da música sobre as plantas começou em 1968 quando Dorothy Retallack, uma organista profissional e mezzo-soprano, que deu concertos no Beacon Club de Denver, entre 1947 e 1952, sentiu-se deslocada quando seus oito filhos foram para a faculdade. Para não ser o único membro da família sem um diploma, a Sra. Retallack surpreendeu sua própria família com a sua própria inscrição para o curso de música na Faculdade Temple Buel. Sendo solicitada a produzir uma experiência de laboratório na área de biologia, a Sra. Retallack lembrou-se vagamente de haver lido um artigo sobre Goerg Smith haver tocado discos em campos de milho.

Seguindo o exemplo do Sr. Smith ela juntou-se a um colega de estudos, cuja família providenciou um quarto vazio em sua casa e criou dois grupos [de plantas], os quais incluíam filodendros, milho, rabanetes, gerânios e violetas africanas. Os cientistas novatos suspenderam luzes Grolux sobre um grupo e tocaram gravações das notas musicais Si e Ré, tocadas ao piano a cada segundo, alternando com cinco minutos de silêncio. A gravação era tocada continuamente por doze horas por dia. Durante a primeira semana, as violetas africanas, que haviam murchado no início da experiência, reviveram e começaram a florescer. Por dez dias todas as plantas pareciam estar se desenvolvendo bem; mas no final da terceira semana todas as plantas, como se atingidas por um vento forte, morreram, com a notável exceção das violetas africanas, as quais permaneceram de alguma forma sem serem afetadas exteriormente. O grupo de controle, que foi deixado crescer em paz, floresceu.

Quando ela relatou estes resultados ao seu professor de biologia, e perguntou se poderia realizar uma experiência com um controle mais elaborado para o crédito no curso, ele concordou relutantemente. "A idéia me fez resmungar um pouco," disse mais tarde o Prof.Browan, "mas era uma novidade e decidi aceitá-la, embora a maioria dos outros estudantes tenha rido alto." Browan disponibilizou para a Sra. Retallack três Câmaras Ambientais Bitronic Mark3, de quinze metros de comprimento, compradas recentemente pelo seu departamento, semelhantes em formato a aquários caseiros, mas muito maiores, as quais permitiam um controle preciso da luz, temperatura e umidade.

Separando um grupo como controle, Retallack usou as mesmas plantas que na primeira experiência, com exceção das violetas. Tentando encontrar a nota musical mais apropriada à sobrevivência [das plantas], a cada dia ela tentou uma nota Fá, tocada continuamente por oito horas em uma câmara e três horas intermitentemente em outra. Na primeira câmara suas plantas estavam completamente mortas dentro de duas semanas. Na segunda câmara as plantas estavam muito mais saudáveis do que as [da câmara de controle] que foram deixadas em silêncio.

A Sra. Retallack e o Prof.Browan ficaram confusos com estes resultados, pois não tinham idéia do que poderia estar causando as reações divergentes e não ajudaria em nada ficar se perguntando se as plantas haviam sucumbido a fadiga, ou tédio ou se tinham simplesmente "ficado malucas". As experiências precisas levantaram uma onde de controvérsia no departamento, pois tanto estudantes quanto professores ou rejeitavam todo este esforço como sendo espúrio, ou ficavam intrigados pelos resultados inexplicáveis. Dois estudantes fizeram uma experiência de oito semanas com abóboras de verão, tocando música de duas estações de rádio de Denver nas suas câmaras, uma rádio especializada em música rock fortemente acentuada e outra em música clássica.

As trepadeiras não ficaram indiferentes às duas formas musicais: aquelas que foram expostas a Hadyn, Beethoven, Brahms, Schubert e outros mestres europeus dos séculos dezoito e dezenove cresceram na direção do rádio transistorizado, uma delas até mesmo enroscando-se gentilmente em volta dele. As outras abóboras cresceram afastando-se da transmissão do rock e até tentaram subir mas paredes escorregadias de sua caixa de vidro.

Impressionada pelo sucesso de seus amigos, a Sra. Retallack executou uma série de experimentos similares no início de 1969 com milho, abóboras, petúnias, zínias e malmequeres; ela notou o mesmo efeito. A música rock ou fazia com que as plantas a princípio crescessem de muito, de forma anormal e com muito poucas folhas ou permanecessem mirradas. Dentro de duas semanas todos os malmequeres haviam morrido, mas a apenas dois metros de distância malmequeres idênticos. Desfrutando dos sons clássicos, estavam florescendo. Ainda mais interessante, a Sra. Retallack descobriu que mesmo durante a primeira semana, as plantas estimuladas pelo rock estavam usando muito mais água do que a vegetação que era entretida pela música clássica, mas aparentemente tirava manos proveito disso, uma vez que o exame das raízes no décimo oitavo dia revelou que o seu crescimento no solo era pequeno no primeiro grupo, medindo apenas cerva de uma polegada, enquanto que no segundo grupo elas eram grossas, curvadas e cerca de quatro vezes mais longas.

Neste ponto, vários críticos sugeriram que as experiências eram inválidas, por causa de variáveis tais como o zumbido dos sessenta ciclos, o "ruído branco" ouvido de um rádio sintonizado em uma freqüência não ocupada por uma estação radio transmissora, ou as vozes dos apresentadores de propagandas, emitidas pelos aparelhos de rádio, não haviam sido levadas em conta. Tara satisfazer a estas críticas, Retallack gravou música rock a partir de discos. Ela selecionou as execuções de rock extremamente percussivo de Led Zepplin, Vanilla Fudge and Jimi Hendrix. Quando as plantas se afastaram desta cacofonia, Retallack girou todos os vasos em 180 graus, apenas para ver as plantas inclinarem-se na direção oposta. Isto convenceu a maior parte dos críticos de que as plantas estavam definitivamente reagindo aos sons da música rock.

Tentando determinar o que havia na música rock que perturbava tanto as plantas, Retallack supôs que poderia ser o componente percussivo da música e começou ainda uma outra experiência no outono. Selecionando a conhecida música espanhola "La Paloma", ela tocou uma versão desta música executada em tambores de aço em uma câmara e outra versão desta música tocada com cordas na segunda. A percussão causou nas plantas de Retallack uma inclinação de dez graus com relação à vertical, mas nada comparável ao rock. As plantas que ouviam as cordas inclinaram-se quinze graus em direção à fonte da música.

Bibliografia:

Livro: "The Secret Life of Plants"
de: Peter Tompkins and Christopher Bird.
Editores: Harpers and Row.
Trechos extraídos do capítulo 10 "A Vida Harmônica das Plantas"
http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/experiencias/efeitos_plantas.htm


Experiência Acerca do Efeito da Música no Crescimento de Plantas - 2

Objetivo - Verificar alterações no crescimento de plantas através da utilização da música.

Duração - 13 dias, a saber: do dia 23/08/2002 até o dia 05/09/2002. O resultado será apresentado em um simpósio de Música Sacra em Maringá - PR no dia 07/09/02 e este é o motivo de encerrar a experiência nesta data.

Ambientação - Dois recipientes de metal, côncavos, medindo 9 cm. de diâmetro por 3 cm. de altura. Nestes recipientes foi colocado terra de jardim, e em cada um deles, 7 grãos de feijão, deitados, colocados em espaços eqüidistantes entre si, sem preocupação específica com o posicionamento, sendo que cada grão recebeu uma leve pressão para entrar na terra até a metade. Os recipientes são regados ao mesmo tempo com uma colher, para assegurar que ambos recebam sempre a mesma quantidade de água.

Duas luminárias iguais, com lâmpadas tipo spot de 40 Watts foram instaladas sobre ambos os recipientes a uma altura de 50 cm., medidos da superfície onde estão os recipientes até a borda da luminária. A luminosidade provida pelas lâmpadas deve sobrepujar qualquer diferença de luminosidade do ambiente.Tendo em vista que a luminosidade virá de cima, não será necessário virar periodicamente os recipientes, pois o problema de fototropismo lateral deixa de existir.

O recipiente que chamarei de A será o objeto do teste. Este recipiente será submetido a uma "dieta" contínua de música sacra erudita. As músicas escolhidas foram as seguintes:

Haydn - Oratório A Criação (Die Schöpfung)
Haendel - O Messias
Bach - Grande Missa em Si Menor BWV 232
Bach - Cantata BWV 140 e Cantata BWV80
Mozart - Grande Missa em Dó Menor K427 e Missa da Coroação K317

O outro recipiente, que chamarei de B, será o controle. Ele recebe os mesmos cuidados do recipiente A, mas está em um ambiente silencioso, a não ser pelos ruídos normais de uma residência.

Sistema de som - Utilizando um CD Player com capacidade para 5 discos, tocando através de duas caixas acústicas, com as seguintes características: 21 x 14 cm, três vias, sendo 1 woofer de 4", 1 médio de 2" e 1 tweeter de 1", 160W. Durante o dia é mantido um volume moderado, sendo abaixado durante a noite. As faixas são escolhidas de forma aleatória pelo sistema de som (comando "shuffle"). A equalização do som é mantida "flat", ou seja, igual para todas as freqüências.

Diário de Observações

23/08 - 10:00
Os grãos de feijão foram plantados, conforme descrito acima

26/08 - 15:00
Os brotos estão crescendo com uma velocidade espantosa. No recipiente A (que está com música) um broto cresceu muito, e está com cerca de 5cm.

27/08 - 14:00
O broto de feijão maior no recipiente A está hoje com 15 cm., enquanto que o do recipiente B está com 10 cm.

28/08 - 15:00
As plantas continuam se desenvolvendo normalmente A situação atual é a seguinte:
Recipiente A (com música) - Todos os grãos brotaram. Maior altura: dois brotos empatados com 24 cm. Menor altura: 12 cm.
Recipiente B (sem música) - Todos os grãos brotaram. Maior altura: 21 cm. Menor altura: 5 cm.

30/08 - 10:00
Os brotos continuam crescendo normalmente. Na verdade, está me parecendo que o recipiente está ficando pequeno para brotos tão grandes. Pensei em transplantá-los para um recipiente maior, mas como isso pode afetar as plantas e causar acidentes, como a quebra de brotos, decidi não fazer isto, já que este fato não afetará a validade da experiência, uma vez que as condições são iguais para os dois ambientes.
Recipiente A Maior altura: 33 cm. Menor altura: 22 cm.
Recipiente B Maior altura: 29 cm. Menor altura: 12 cm.

01/09 - 12:00
No recipiente B aconteceu um fato que eu nunca tinha visto. Um dos brotos, apesar de ter o talo bem desenvolvido, não conseguiu abrir as folhas. Elas ficaram presas entre as duas metades do grão de feijão, pois estas não conseguiram romper a casca e abrirem-se. Por este motivo as pequenas folhas secaram e o broto provavelmente irá morrer.

Neste mesmo recipiente, dois brotos se inclinaram para o lado, ficando deitados, enquanto que todos os outros, inclusive do outro recipiente continuam eretos. Os crescimentos dos brotos continuam normalmente. Estarei encerrando a experiência na quinta-feira, dia 05/09.

03/09 - 11:00
O broto cujas folhas secaram não morreu, mas parou de crescer e provavelmente morrerá (Ver relato anterior). Um dos brotos do recipiente A inclinou-se para o lado, ficando deitado, mas não está quebrado. Ainda no recipiente A, tive que deslocar a lâmpada um pouco para a lateral, porque os brotos estavam quase alcançando-a, o que poderia queimá-los. Os tamanhos atuais são os seguintes:
Recipiente A Maior altura: 46 cm. Menor altura:27 cm.
Recipiente B Maior altura: 36 cm. Menor altura: 21 cm. (Sem levar em conta o broto cujas folhas secaram).

05/09 - 12:00
A experiência foi encerrada, as plantas foram colocadas, juntamente com os recipientes, em tubos de PVC, possibilitando o transporte com o mínimo de dano. As folhas superiores de um dos brotos do recipiente A despontam acima do tubo de 50 cm!! A partir deste momento os recipientes estiveram sempre juntos, e não houve mais música.

07/09 - 15:00
Os recipientes com experiência foram mostrados no Encontro de Corais de Maringá - PR, em uma palestra realizada para aproximadamente 400 pessoas a respeito dos efeitos da música. Esta palestra está disponível na Internet. Clique aqui para ver a palestra. Após a palestra foram realizadas medições e a experiência foi definitivamente encerrada.

Os resultados foram os seguintes:

Quantidade de Brotos - 7

Recipiente A
Tamanho dos Brotos - (cm.) - 29 - 44 - 53 - 36 - 55 - 34 - 40
Média de Tamanho - (cm.) - 41, 57

Recipiente B
36 - 38 - 15* - 36 - 22 - 25 - 44
33,5 (30,85**)

(*) - Conforme relatado em 01/09, este broto não se desenvolveu corretamente.
(**) - Média considerando o broto que não se desenvolveu corretamente.

Outras observações:
- Não foi notada qualquer alteração ou diferença no substrato de terra empregado. Nos últimos 3 dias a luminária que estava sobre o recipiente A foi levantada cerca de 10 cm., para evitar que os brotos que cresceram muito se queimassem no contato com a lâmpada.

- Os grãos do recipiente A brotaram ligeiramente antes e tiveram uma média de crescimento maior desde o princípio.
- As plantas do recipiente A apresentaram folhas maiores e mais viçosas e caules mais grossos.

Conclusão:

- Como a presença da música foi o único fator diferenciado entre os dois recipientes, podemos concluir que a música causou um aumento de 24% no crescimento médio das plantas submetidas ao teste.
Se você de interessa pelo assunto e pretende repetir a experiência, faça anotações detalhadas, me escreva e eu terei prazer em publicá-las.

http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/experiencias/experiencia2.htm


Experiência Acerca do Efeito da Música no Crescimento de Plantas - 1

Objetivo - Verificar alterações no crescimento de plantas através da utilização da música.

Duração - De 04/08/2002 a 05/09/02. Estabeleci este período, porque o resultado será apresentado em um simpósio de Música Sacra em Maringá - PR no dia 07/09/02 e estarei encerrando a experiência nesta data.

Ambientação - Dois recipientes redondos de plástico transparente, medindo 13 cm de diâmetro por 5 cm de altura. Nestes recipientes foi colocado um substrato de algodão molhado e sobre ele foram colocadas os seguintes grãos, em cada recipiente:

6 grãos de milho
10 grãos de soja
5 grãos de feijão

Os grãos foram colocados de forma mais ou menos eqüidistante entre si, sem preocupação a respeito do posicionamento específico.Os grãos não receberam qualquer preparação especial.

Os recipientes foram colocados em ambientes diferentes, com aparentemente a mesma intensidade de iluminação em todos os períodos do dia, sem receber luz solar direta. Não tenho equipamentos para medir a luminosidade de forma objetiva, tive que me basear na impressão visual. Ambos recebem a mesma quantidade de água e são virados em 90 graus (1/4 de volta) diariamente, para diminuir os efeitos do direcionamento das plantas em direção aos raios de luz (fototropia).

O recipiente que chamarei de A será o objeto do teste. Utilizando um CD Player com capacidade para 5 discos, este recipiente será submetido a uma "dieta" contínua de música sacra erudita. As músicas escolhidas foram as seguintes:

Vivaldi - Juditha Triumphantis RV644
Haendel - O Messias
Bach - Grande Missa em Si Menor BWV 232
Bach - Cantata BWV 140 e Cantata BWV80
Mozart - Grande Missa em Dó Menor K427 e Missa da Coroação K317

Utilizando duas caixas acústicas pequenas (18x10 cm), com um woofer e um tweeter em cada uma, coloquei uma delas deitada, com o alto-falante para cima, colocando o recipiente diretamente sobre ela. A segunda caixa foi colocada em pé, ao lado, voltada para o recipiente. Durante o dia é mantido um volume moderado, sendo abaixado durante a noite.As faixas são escolhidas de forma aleatória pelo sistema de som (comando "shuffle"). A equalização do som é mantida "flat", ou seja, igual para todas as freqüências.

O recipiente B será o controle. Ele recebe os mesmos cuidados do recipiente A, mas está em um ambiente silencioso, a não ser pelos ruídos normais de uma residência.

Diário de Observações

04/08 - 10:00

Plantei as sementes e montei o ambiente, conforme descrito acima.

06/08 - 11:00

Recipiente A - Há 3 feijões brotando. As raízes tem cerca de 3 mm, já penetrando no substrato de algodão.

Recipiente B - Um feijão brotou, mas apenas despontou a raiz, com cerca de 1 mm.

06/08 - 14:00

Um milho do recipiente A começou a brotar.

07/08 - 10:00

Recipiente A - Os 3 feijões e o milho que haviam brotado ontem estão começando a se levantar. Outro feijão brotou e a raiz já está penetrando no substrato. Um grão de soja também brotou.

Recipiente B - A raiz do feijão brotado ontem penetrou no algodão. Mais um feijão brotou. Um grão de soja rompeu a casca, tentando brotar, mas a raiz não despontou.

Geral - Me parece que os grãos de soja não são de boa qualidade. Algumas manchas pequenas de mofo apareceram sobre e próximo a eles, em ambos os recipientes.

07/08 - 16:00

Devido a problemas técnicos com as duas caixas que eu estava usando (mais de 15 anos de idade, e alguns tombos no currículo) troquei-as por duas caixas novas, com as seguintes características: 21 x 14 cm, três vias, sendo 1 woofer de 4", 1 médio de 2" e 1 tweeter de 1", 160W. A colocação das caixas foi alterada, ficando uma de cada lado do recipiente A.

08/08 - 10:00

Recipiente A - As raízes dos feijões que brotaram primeiro estão fortes e adquirindo cor esverdeada. O grão de milho que brotou já está exibindo o broto secundário, que vai gerar o caule. Mais um grão de soja brotou.
Situação atual: Milho - Apenas um grão brotou e está crescendo rápido. - Feijão - Todos os grãos, exceto um, brotaram e estão quase se levantando. - Soja - Dois grãos brotaram.

Recipiente B - Mais um grão de soja está tentando romper a casca.
Situação atual: Milho - Nenhum grão brotou. - Feijão - Dois grãos brotaram. - Soja - Dois grãos estão tentando brotar, mas o broto ainda não despontou.

14/08

Explicação adicional - Infelizmente não me foi possível, por problemas de tempo, publicar as observações nos dias 09 a 13/08. Além disto, percebi alguns problemas técnicos, que vou detalhar em seguida. Vou relatar agora a situação atual:

Recipiente A
Milho - dois grãos de estão brotados. O maior deles tem 14 cm. de altura.
Feijão - Quatro grãos brotaram. O maior deles está com 28 cm de altura.
Soja - três grãos brotaram. O maior deles tem 11 cm de altura.

Recipiente B
Milho - Nenhum grão brotou.
Feijão - 3 grãos brotaram. O maior deles está com 20 cm.
Soja - dois grãos brotaram. O maior deles está com 4 cm de altura.

Alterei, por uma questão de preferência pessoal, o CD com a gravação de Vivaldi - Juditha Triumphantis RV644, para Haydn - Oratório A Criação (Die Schöpfung)

Problemas técnicos: O maior problema tem sido a luminosidade. Como havia colocado anteriormente, não tenho aparelhos específicos para medir a luminosidade, portanto tive que confiar na impressão visual. Mas no dia 09, fazendo comparações de sombra, vi que o recipiente B (que não recebe música), está recebendo uma luminosidade ligeiramente maior que o recipiente A. Isto pode ser um problema sério, já que as plantas são muito sensíveis à luz. Na experiência que fiz anteriormente, estava em outra casa, que possuía dois quartos separados com amplas janelas para o lado do nascente. Foi só colocar cada recipiente nas janelas de quartos diferentes e a luminosidade igual estava garantida. Aqui a situação é outra.

Uma outra preocupação é o tamanho das hastes, que já estão quase com 30 cm. e continuam crescendo rápido. Isto é um problema, porque quero apresentar esta experiência em Maringá - PR no dia 07 de setembro. O problema está em como transportar os recipientes sem causar dano às plantas.

Mais um problema é o aparecimento de manchas de bolor no substrato de algodão de ambos os recipientes. Isto me causa preocupação com a possibilidade de aparecer alguma doença nas plantas, que prejudicaria a experiência. Se elas recebessem sol diretamente, mesmo que por algumas horas por dia, isto seria mais difícil de acontecer. Mas não tenho nenhum local apropriado, com dois ambientes separados, onde um possa ficar com música continuamente e outro não.

15/08 - 12:00

As plantas que estão no recipiente A (com música) continuam crescendo com um ritmo impressionante. O broto de feijão mais alto está com 31 cm. Mas este não é o mesmo broto que ontem estava com 28 cm. Aquele cresceu muito e deitou-se com o peso, e eu estou medindo a altura diretamente. Este que hoje é o mais alto, estava ontem com 25 cm! Não há novos brotos, em qualquer dos recipientes.

Alteração Importante: Para tentar equiparar as insolúveis diferenças de luminosidade, comprei duas luminárias iguais, com lâmpadas tipo spot de 40 Watts e instalei sobre ambos os recipientes a uma altura de 50 cm., medidos da superfície onde estão os recipientes até a borda da luminária. A luminosidade provida pelas lâmpadas deve sobrepujar qualquer diferença de luminosidade do ambiente. Tendo em vista que agora a luminosidade virá de cima, não estarei mais virando diariamente os recipientes, pois o problema de fototropismo lateral deixa de existir.

16/08 - 14:00

Nenhuma novidade a relatar. O milho do recipiente A, que estava com 14 cm há dois dias atrás, hoje está com 19 cm. Espero ter para domingo ou segunda-feira as primeiras fotos, do início da experiência, para publicar aqui.

18/08 - 10:00

Hoje a experiência está completando duas semanas. Tirei uma foto dos recipientes juntos para possibilitar uma comparação da diferença no crescimento. Para ter uma idéia, o milho, que estava com 19 cm no dia 16, hoje está com 25 cm. Os caules dos brotos do recipiente A estão muito mais grossos, as folhas maiores e mais verdes, em comparação com o recipiente B. Um outro dado comparativo importante é que o desenvolvimento de manchas de bolor, que me preocupou anteriormente está praticamente controlado no recipiente A, que apresenta apenas uma mancha importante. Já no recipiente B, existem várias manchas, e também estrias espalhadas por todo o substrato de algodão. Um broto de soja que havia começado a brotar não foi adiante e secou.

20/08

As estrias que eu verifiquei no dia anterior sobre o substrato de algodão parecem ser larvas de mosquitos. Verifico que, aparentemente elas estão mortas. Mas só apareceram no recipiente B.

22/08 - 09:00

Há dois dias atrás, quando estava colocando água no recipiente A, precisei afastar uma das caixas. Infelizmente, quando notei, eu havia colocado um dos cantos da caixa em cima do broto de soja maior, que havia descido por causa de seu próprio peso, esmagando o broto a uns 20 cm. da raiz. Isso fez com que o broto secasse daquele ponto para cima.

23/08 - 10:00

As plantas continuam crescendo normalmente, sendo que as do recipiente A continuam maiores que as do recipiente B. Notei que uma das primeiras folhas do primeiro broto do recipiente A começou a ficar amarelada.

25/08 - 11:00

Não consegui escanear as fotos que eu havia tirado no começo da experiência para publicar aqui. A folha do recipiente A que estava ficando amarelada está realmente secando. Não sei a causa. A sua folha oposta começa a dar sinais de enfraquecimento. Uma folha do primeiro broto do recipiente B também começou a ficar amarelada.

26/08 - 09:00

A folha que estava amarelada no broto principal do recipiente A está enrugada, completamente morta, embora ainda não tenha caído. A folha oposta está bastante amarelada. As folhas que estavam começando a amarelar no recipiente B estão completamente amarelas e começando a enrugar.

O caule do broto de soja que eu havia esmagado por acidente (ver anotação do dia 22/08) ainda está verde, mas está começando a dar sinais de que está morrendo. A ponta dele, a partir do ponto que foi esmagado já está seca há vários dias, mas ainda não caiu.

27/08 - 14:00

Hoje pela manhã notei que a folha principal do maior broto de milho do recipiente A está caída, bem como um broto de soja. Não sei o que ocasionou isto. Uma outra coisa que me incomoda é que o recipiente B está ficando infestado por drosófilas (mosca-de-fruta). Talvez elas sejam atraídas pelas grandes manchas de bolor presentes neste recipiente. Estou pensando em descontinuar esta experiência e ficar apenas com a segunda. Afinal de contas ainda faltam 10 dias para a apresentação e, se continuar a infestação, isto vai criar uma situação insustentável, pois o recipiente está dentro de casa.

28/08 - 15:00

Realmente decidi descontinuar a primeira experiência. Tirei várias fotos, que serão publicadas ao final da experiência, quando o filme for revelado. Cortei todos os brotos e os medi, usando uma fita flexível, para acompanhar as curvas.

Resultados da Experiência:

Recipiente A

Tipo do Grão                               Milho      Fejão            Soja

Quantidade de Brotos               2              4                      3

Tamanho dos brotos - (cm.)     34 / 40     43/54/51/45   24/23/28

Média de Tamanho                    37            48,25              25(**)

(**) - O grão de soja que era o maior do recipiente A foi esmagado acidentalmente no dia 20/08, o que fez com que ele morresse. A medida que consta foi obtida do broto seco. Caso o acidente não houvesse ocorrido, ele teria continuado a se desenvolver, e a média deveria ser bem maior. Um segundo broto de soja apareceu quebrado no dia 27/08.

Recipiente B

Tipo do Grão                          Milho         Feijão        Soja

Quantidade de Brotos              0               3                  1

Tamanho dos brotos - (cm.)                      44/52/41     32

Média de Tamanho                                    45,67           32
  
Outras observações: O substrato de algodão do recipiente B continha várias larvas. A maior parte estava morta, mas foi encontrada uma delas viva. Além disso, estava completamente coberto de manchas pretas de bolor e começando a cheirar mal. O recipiente A tinha algumas manchas pretas onde os grãos que não brotaram haviam apodrecido com a umidade, mas estas não se alastraram pelo recipiente, estando restritas aos pontos onde haviam sido colocados os grãos de soja.

Conclusão: Aparentemente a música contribuiu para três fatores importantes:

1 - Maior quantidade de grãos que brotaram, levando em conta a escolha aleatória dos grãos. Ainda assim, todos os tipos de grãos tiveram uma quantidade maior de brotos que vingaram com música.

2 - Maior crescimento dos brotos, verificado desde o início da experiência. A comparação dos brotos de soja ficou grandemente prejudicada devido ao acidente do dia 20/08.

3 - Melhora no ambiente da cultura, caracterizado pela não existência de drosófilas ou larvas no recipiente A, bem como uma quantidade significativamente menor de bolor.

Um fator a ser notado é que a diferença proporcional de crescimento observada nos primeiros dias (veja a observação de medição de altura no dia 14/08) não se manteve. Após um certo período os brotos, mais adultos, tenderam para o equilíbrio em matéria de tamanho, embora o recipiente A ainda apresentasse tamanhos ligeiramente maiores e caules mais grossos.

Se você de interessa pelo assunto e pretende repetir a experiência, faça anotações detalhadas, me escreva e eu terei prazer em publica-las.

http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/experiencias/experiencia1.htm

2 comentários:

  1. Olá! Gostaria de dizer eu eu e algumas colegas de sala nos inspiramos no seu post para realizar nosso projeto da feira de ciências. Obrigada por detalhar tudo e nos ajudar tando. Att, Lavínia Barbosa. Nosso blog: evolucaodamusica.tumblr.com

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    1. Lavinia, ainda não tinha conferido o resultado do trabalho de vocês.
      Mas fiquei deveras emocionado com os resultados que conseguiram e publicaram. Trabalho científico , medido, analisado, conferido. Paciência e tenacidade. Eis os segredos do sucesso.
      Sou tecnico em eletrônica e operador de Som voluntario.
      Dedico num Culto religioso.
      Mas sou filho de agricultor e estive envolvido na Lavoura até os 18 anos. Quando descobri essa matéria fiquei encantado e resolvi divulga la, para que mais pessoas tivessem a oportunidade de conhecer essa técnica ou ciência não sei, e fizesse um bom proveito.
      E me emociona ver os resultados. Inclusive, porque vi fotos de crianças envolvidas. So temos que ter cuidado com a escolha das musicas, ritmos, qualidade dos aparelhos reprodutores etc. Uma frequência bel equalizada, tira o mérito da técnica.
      Só posso lhes dar parabéns, pela ousadia de crer no projeto.
      Vou seguir seus projetos.
      Obrigado.

      Edmilson Santos - Eddyfe.

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