A Importância do Som no universo.
Os Indus, veneram o som primordial do Universo, O Om.
Seus mantras, e bhajans,(cânticos devocionais) são a base de sua relação com o Divinal.
Para os Gnósticos Samaelinos, O Som é fundamental para a prática
mística, e o experimento espiritual e Divinal.
Na Bíblia vemos em:
GÊNESIS - CAPÍTULO 1
1 No princípio Deus ( O Verbo Creador) criou os céus e a terra.
2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.
3 E disse Deus: Haja luz; e houve luz. (Principio do Verbo Criador)
4 E viu Deus que era boa a luz; e fez Deus separação entre a luz e as trevas.
5 E Deus chamou à luz Dia; e às trevas chamou Noite.
O Evangelho Segundo JOÃO CAPÍTULO 1
1 No princípio era o Verbo, (Som, Palavra. Voz, musica.) e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. *( O Principio do Verbo Creador)
2 Ele estava no princípio com Deus. *(É o Proprio Deus Creador. O Ain Sopht da cabala, sephiroth da criação, )
3 Todas as coisas foram feitas por ele,*(Verbo) e sem ele nada do que foi feito se fez.
4 Nele estava a vida, *(Divina) e a vida era a luz dos homens. *(Particula Divinal, parte do creador, mas algo creado, a Alma, Espirito Primordial)
5 E a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. *(O Cristus, o Ungido)
6 Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.
7 Este veio para testemunho, para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
8 Não era ele a luz, mas para que testificasse da luz.
9 Ali estava a luz verdadeira, *(Cristus) que ilumina a todo o homem que vem ao mundo.( Particula Divina)
10 Estava no mundo, e o mundo foi feito por ele, e o mundo não o conheceu. *(Eu e o Pai somos um. Quem vê a Mim, Vê ao Pai)
11 Veio para o que era seu, (A Creatura, o Homem) e os seus não o receberam.
Isso é uma demonstração da importância do som para o Universo.
Pessoas que lidam com ele, através da musica, cântico, sabem da importância de um som harmonizado. ( Músicos, terapeutas, Agrônomos, Sanguetso, Feng Shui,) vão entender isso. Repasse para alguém que possa ter interesse e gostar disso.
Espero que aprecie e dê o devido valor. Me custou um bom trabalho...
Os Efeitos
da Música Sobre a Mente e o Corpo
Levi de
Paula Tavares
Baseado no capítulo 8 do livro O
Cristão e a Música Rock—Um Estudo dos Princípios Bíblicos da Música , de
Autoria do Dr. Samuele Bacchiocchi
Acima de noções de
gosto pessoal, ou tendências culturais, a música representa um poder que já era
conhecido das sociedades mais antigas. Platão disse, conforme relatado em sua
obra "República": "Deixem-me compor e música de um país e não me
preocuparei com quem faça as suas leis." Ele propunha um governo musical.
Mesmo na época dele, este não era um conceito novo, já que há mais de mil anos
antes de Cristo, os imperadores chineses faziam anualmente um festival de
música, para o qual vinham artistas e conjuntos de todas as províncias do país.
Ouvindo a música das diversas regiões, o imperador tomava decisões
estratégicas, como, por exemplo, aumentar o efetivo militar em uma região,
prevendo uma revolta popular, melhorar o sistema de distribuição de alimentos
em outra região, por ver que o povo estava sofrendo, e assim por diante.
Porém, a controvérsia
atual sobre os efeitos da música sobre o ser humano está baseada, em grande
parte, em preocupações estéticas, sociais, religiosas, e/ou políticas, ao invés
de estudos científicos sobre seus efeitos mentais e físicos nos seres humanos.
Avaliações subjetivas da música podem dar origem a infindáveis controvérsias,
porque elas estão baseadas em gosto pessoal e/ou considerações culturais.
Baseado em vários
estudos científicos recentes significativos, tentaremos examinar os efeitos
físicos e mentais da música sobre os seres humanos, enfocando principalmente a
música rock, onde estes efeitos são potencializados de forma mais perigosa.
Devido às limitações de espaço, será citada apenas uma amostragem dos estudos.
A palestra é dividida
em duas partes. A primeira trata, de uma forma mais geral, da influência da
música no corpo humano. Considera, especialmente, como a música afeta o
funcionamento do cérebro, a produção de hormônios, e os ritmos do corpo.
A segunda parte
examina alguns dos efeitos específicos da pulso rítmico sobre o corpo humano.
Referência específica é feita sobre como a o pulso rítmico intenso da música
rock coloca o corpo humano sob stress, aumentando a freqüência de pulso, a
pressão sangüínea, e a produção de adrenalina. Também são feitas considerações
sobre o impacto de ouvirmos música em volumes elevados sobre a audição.
Parte I
A INFLUÊNCIA E OS EFEITOS DA MÚSICA SOBRE O CORPO
HUMANO
A música realmente
influencia? Somos os seres vivos com mais alto poder de pensamento racional,
maior capacidade associativa, enormes recursos de memória e o único ser vivo
que domina a fala articulada; a verdadeira coroa da criação. Para nós, o
conceito de ser influenciado por um som, que é algo abstrato e efêmero, que só
existe no tempo e na nossa imaginação, pode parecer estranho. Temos a clara
noção de gostar ou não gostar de uma música e isso pode nos levar a pensar que esta
escolha baseada no gosto pessoal é a única influência que a música pode ter
sobre nós. Se eu não gosto de uma música, ela não vai me afetar.
Mas não é bem assim.
A experiência musical ultrapassa tudo o que podemos imaginar sem um estudo
aprofundado. E esta experiência, embora seja por um meio abstrato e efêmero,
atinge muito mais do que o simples gostar ou não gostar, ou a criação de
fantasias na nossa imaginação, através dos desenhos sonoros. Esta influência é
física!
São muito conhecidas
as experiências realizadas com plantas. Sendo as plantas seres não pensantes,
sabemos que qualquer efeito mensurável não é causado por associações mentais,
efeito placebo, devaneios da imaginação, ou outros desvios do modelo padrão da
experiência ao qual os seres humanos estão sujeitos. Sabemos que quando um
ambiente é controlado, as plantas que crescerão naquele ambiente sempre terão
as mesmas características, desde que tenham estas características por herança
genética.
Eu também conheço
inúmeros relatos de experiências com plantas, sendo os mais abundantemente
relatados os realizados pela americana Dorothy Retallack, de Denver, Colorado.
Ela fez várias experiências, usando o rádio como fonte sonora de diversos
estilos diferentes e usando como material de teste muitas espécies vegetais
diferentes. Mas resolvi fazer minha própria experiência, para não ficar com
dados de outros. Quis ver os resultados com os meus próprios olhos. E o
resultado, bem como a descrição da ambientação e as fotos desta experiência
podem ser acessados clicando aqui.
Influência da música
sobre os sentimentos. Imagine uma cena em um filme de ficção científica de
horror na qual uma aranha monstruosa e mortal está se aproximando
sorrateiramente de uma criança inocente. Experimente tentar "ouvir" a
música sorrateira ao fundo. Não é muito difícil, não é? Mas por que os
produtores dos filmes usam música para acompanhar tais cenas? E como os
produtores decidem qual música encaixar na cena? Por que a "música do
monstro se aproximando" não se encaixa em uma cena de filme de uma festa
de aniversário ou de um berçário? Se palavras como "nana nenê" fossem
colocadas na "música do monstro se aproximando", isto seria uma
canção de ninar? Cremos que não. E isto acontece porque a música consegue
passar uma mensagem complexa e profunda, mesmo sem palavras.
Três Destaques sobre
a natureza da música. Embora este possa ser um exemplo óbvio, três pontos
relevantes sobre a natureza da música são destacados aqui e não devem ser
perdidos na nossa discussão.
Primeiro, a música,
separada da letra, comunica uma mensagem. A música não é um meio neutro. Não
são necessárias palavras para que a música tenha significado. Os produtores de
filmes tomam decisões a respeito da música, e não da letra, em aplicações de
música de fundo.
Segundo, embora
alguns possam argumentar que a música signifique coisas diferentes para pessoas
diferentes e que a sua influência é apenas uma questão de resposta
condicionada, este argumento não leva em conta suposições importantes feitas
pelos produtores de filmes. Por exemplo, a incorporação de uma música na trilha
sonora de um filme assume como certo que a música tem um impacto semelhante em
todas as pessoas. De fato, se este não fosse o caso, uma trilha sonora musical
seria sem sentido. Mesmo quando um filme é distribuído internacionalmente,
apenas as trilhas da fala são alteradas. A trilha sonora musical, que
"dita os sentimentos", permanece a mesma. A crença subjacente é que a
música de fundo comunicará a mesma mensagem a todos os que assistirem, mesmo
através de fronteiras culturais.
Terceiro, embora não
possa ser negado que, com o crescimento da mídia globalizada das massas, algum
condicionamento em massa com respeito à música possa ter ocorrido, também é
claro que o impacto da música não é apenas uma questão de condicionamento. A
primeira exposição a uma música já causará o efeito desejado pelo
compositor/executante. Mesmo antes que se pudesse dizer que o condicionamento
das massas fosse um fator importante, os produtores pareciam ser capazes de predizer
com muita precisão qual música era apropriada para cenas ou seqüências
específicas. Isto nunca foi uma questão de tentativa e erro. Antes que fossem
feitos estudos científicos sobre este fenômeno, houve muito empirismo, mas os
resultados sempre eram os esperados. Cabe a nós tentar responder à pergunta:
Como isto ocorre?
Efeitos constantes e
estudados. Certamente não nos será possível, devido às limitações de tempo,
darmos uma resposta com o nível de detalhamento desejado, mas este nível já é
conhecido e publicado na literatura especializada. Estes efeitos não são
dependentes de condicionamentos culturais ou estados mentais receptivos. Leis
naturais governam a química do corpo e da mente, assim como os efeitos físicos
e mentais da música. Estas leis foram estudadas através de experiências
científicas e cuidadosas observações. Ao medir os efeitos dos estímulos da
música, os investigadores procuraram por respostas fisiológicas tais como
aumento na freqüência de pulso e na resistência elétrica da pele. Claro que uma
experiência espontânea de música envolve muito mais que uma resposta física
mensurável. Não obstante, é a presença física do som que influencia nossas
reações.
A maioria das pessoas
não presta muita atenção às leis da música e ignora o impacto que a música tem
sobre a sua saúde física, social e mental. Hoje a escolha da música é
amplamente determinada pelo gosto pessoal. Esta tendência reflete a orientação
consumista de nossa sociedade onde muitas pessoas se enchem indiscriminadamente
com "alimento impróprio" inferior que causa inúmeros efeitos
psicológicos, bem como desordens físicas, tais como a falta de concentração e a
deficiência na aprendizagem entre as crianças na escola e jovens estudantes. A
mesma atitude indiscriminada é encontrada no consumo de música inferior e
prejudicial.
Ondas Sonoras e o
Cérebro. Para apreciarmos os efeitos da música, precisamos estar atentos aos
processos básicos que ocorrem no ouvido humano ao som da música. As ondas
sonoras (vibrações) que chegam no tímpano do ouvido são transformadas em
impulsos químicos e nervosos, que registram em nossa mente as diferentes
qualidades dos sons que estamos ouvindo. O que muitos não sabem é que "as
raízes dos nervos auditivos - os nervos do ouvido - são distribuídos mais amplamente
e tem conexões mais extensas do que os de qualquer outro nervo no corpo. ...
[Devido a esta extensa rede] dificilmente existe uma função no corpo que possa
não ser afetada pelas pulsações e combinações harmônicas de tons
musicais".
Em 1944, "The Music
Research Foundation" (A Fundação de Pesquisa da Música) foi estabelecida
em Washington, D. C., com objetivo de explorar e desenvolver novos métodos para
controlar o comportamento humano e as emoções. O governo americano financiou
esta pesquisa por causa da necessidade premente de tratamento psiquiátrico para
os veteranos de guerra, que sofreram lesões ligadas às ondas de choque dos
bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial.
Rapidamente foi feita
uma descoberta muito importante. Os pesquisadores descobriram que a música é
registrada na parte do cérebro que normalmente é estimulado pelas emoções,
contornando os centros cerebrais que lidam com a inteligência e razão. Ira
Altschuler, um dos pesquisadores, explica que "Música, que não depende das
funções superiores do cérebro para franquear entrada ao organismo, ainda pode
excitar por meio do tálamo - o posto de intercomunicação de todas as emoções,
sensações e sentimentos. Uma vez que um estímulo tenha sido capaz de alcançar o
tálamo, o cérebro superior é automaticamente invadido."
O que ocorre é que as
terminações nervosas que partem do ouvido não vão diretamente para a região do
cérebro responsável pela sua interpretação. As freqüências são analisadas de
forma básica já na cóclea e enviadas diretamente para o tronco cerebral, a
região responsável pelas funções mais básicas da sobrevivência do corpo humano.
Ali são classificadas e processadas e os estímulos assim criados são
distribuídos para diversos centros cerebrais, inclusive o centro responsável pela
interpretação do som. Somente depois que este centro fez o seu trabalho é que o
estímulo atinge os centros cerebrais superiores, que valida este estímulo com
base em experiências anteriores e caracteriza e classifica a experiência
sonora.
Isto significa que a
consegue acesso ao sistema nervoso diretamente, contornando o cérebro superior.
Alguns pesquisadores são da opinião que o sentido da audição, mais do que os
outros sentidos, exerce maior impacto no sistema nervoso autônomo através de
seus trajetos auditivos. Embora as conclusões de vários estudos sejam
divergentes, o denominador comum é que os estímulos auditivos afetam,
diretamente, o sistema nervoso.
Estudos mostraram que
o impacto da música no sistema nervoso e as mudanças emocionais provocados direta
ou indiretamente pelo tálamo, afetam processos tais como a freqüência cardíaca,
a respiração, a pressão sangüínea, a digestão, o equilíbrio hormonal, o humor e
as atitudes. Isto nos ajuda a entender por que as intensas batidas rítmicas da
música popular, mais notadamente o rock, podem ter uma gama tão extensa de
efeitos físicos e emocionais.
Música e a Produção
de Hormônios. É um fato bem conhecido que o sistema endócrino regula não
somente as funções dos órgãos internos, como o coração e os órgãos
respiratórios, mas também as glândulas endócrinas. Estas glândulas são
controladas pelo tálamo, o qual está intimamente ligado às nossas emoções. Mary
Griffiths, uma fisiologista, explica que "o hipotálamo controla as
excreções da glândula tiróide, o córtex adrenal e as glândulas sexuais. Assim,
ele influencia a velocidade do metabolismo... bem como também a produção de
hormônios sexuais.... O hipotálamo tem um efeito marcante na liberação das
respostas autônomas provocada pelo medo, raiva, e outras emoções." Even
Ruud aponta para recentes pesquisas, as quais provam que a música poderia
influenciar o ciclo menstrual das mulheres. Um estudo também encontrou um
aumento do hormônio lutenizante (LH) enquanto se escutava música. Outros
estudos indicam que a música libera adrenalina e possivelmente outros
hormônios. Também influencia a resistência da eletricidade da pele do corpo, a
qual, por sua vez, afeta e governa os humores de uma pessoa.
Embora seja verdade
que a resposta à música varia de acordo com cada indivíduo, tornando difícil
generalizar seus efeitos, permanece o fato de que a indústria da música e o
mundo dos negócios sabem usá-la para criar ou mudar humores e vender
mercadoria.
Vários Usos da
Música. A música foi usada com diferentes propósitos durante o curso da
história humana. Uma função era aliviar a monotonia do trabalho pela
sincronização dos movimentos dos trabalhadores. De fato, muitas canções
folclóricas originaram-se desta maneira. Isto é especialmente verdadeiro com
relação aos Negro Spirituals, que traçam suas origens às canções de trabalho
dos afro-americanos que estavam em escravidão. Testes conduzidos em locais de
trabalho mostraram que a menos que a música seja ajustada ao ambiente
particular e ao tipo de trabalho, a precisão e exatidão são prejudicados.
Na União Soviética,
um instituto para estudos médicos e biológicos informou os resultados de testes
mostrando que o ritmo e o tempo da música tiverem um impacto imenso no
organismo humano. "Música especialmente selecionada aumenta a capacidade
de trabalho dos músculos. Concomitantemente, o tempo dos movimentos do
trabalhador muda com a alteração do tempo musical. É como se a música
determinasse um bom e rápido ritmo de movimento."
O uso de música de
fundo, nos ambientes de trabalho, com a finalidade de aumentar a produtividade,
introduzido por uma empresa cujo nome é hoje um termo genérico, Muzak,
tornou-se onipresente nos estabelecimentos públicos. Calcula-se que,
diariamente, cerca de 60 milhões de pessoas no mundo todo escutam à música da
Muzak. Acrescentemos a este número as pessoas que ouvem outras fontes sonoras
como rádio ou música de fundo de outras companhias e veremos que muitos hoje
vivem praticamente imersos em som.
Consonâncias e
Dissonâncias. A música ocidental, durante seu desenvolvimento histórico, tem
prezado cada vez mais o deslocamento harmônico e melódico para regiões cada vez
mais afastadas do centro tonal musical, e se mantido longe por mais tempo.
Chegou-se até a experimentar, com a música dodecafônica de Schoemberg, um tipo
de música onde não existisse um centro tonal.
Um centro tonal é
importante para nos dar uma noção de segurança. Nos sentimos confortáveis
quando retornamos a este centro. Porém, ficarmos nele, de forma estática, a
música rapidamente torna-se monótona. Mas será que a resposta a esta monotonia
é acabar com o centro tonal, com a tonalidade e com a noção de consonância e
dissonância? Existiria algum padrão físico de preferência por dissonâncias ou
consonâncias? O padrão de "consonante" ou "dissonante" não
seria apenas um padrão cultural, aprendido e que, portanto, poderia ser também
desaprendido?
Em um experimento
onde tríades consonantes e dissonantes podiam ser obtidas pressionando-se duas
alavancas idênticas, ratos individualmente testados (22 indivíduos)
desenvolveram e mantiveram uma atividade de pressão da alavanca durante todo o
período experimental (mais de três semanas). A média de pressão da alavanca foi
bem diferente da manifestada por um grupo de controle submetido à experiência
do mesmo ambiente, sem, no entanto, obter os acordes quando a alavanca era
pressionada
Em outro experimento,
quando ratos (32 indivíduos), testados individualmente, puderam escolher com
liberdade qual das duas alavancas idênticas deviam pressionar para obter uma
consonância (tríade harmônica maior) e dissonância (tríade dissonante de
freqüência e intensidade correspondentes), eles demonstraram uma preferência
pelo acorde consonante bastante significativa em termos estatísticos. Não se
proporcionou nenhum pré-treinamento ou recompensa além dos acordes.
Inicialmente, a média de pressão das duas alavancas foi igual; no entanto, numa
situação de escolha (operante) isenta de influências externas, a preferência
pela consonância se desenvolveu após uma semana e foi mantida por mais tempo
(duas semanas). A possível influência de preferência posicional foi controlada
pela relação acorde/alavanca escolhida ao acaso para cada rato.
A preferência pela
consonância, encontrada sob tais condições em uma espécie não humana é uma indicação
satisfatória da presença de uma pré-disposição hereditária que influencia a
avaliação dos acordes e a percepção sonora em mamíferos de modo geral,
incluindo o ser humano. (Borchgrevink, 1975a,1975b, 1982a) [Citado por Even
Rudd no livro Música e Saúde, Ed. Summus, págs. 59, 61 e 62]
Parte II
OS EFEITOS DO RITMO SOBRE O SER HUMANO
Os Efeitos do Ritmo.
Um cientista russo, Ivan P. Pavlov, conduziu experimentos sobre os efeitos da
música em cães. Ele publicou os resultados de suas experiências por volta do
início do século. Sua pesquisa contribuiu significativamente para o
desenvolvimento no campo da psicologia comportamental na América. Pavlov
administrou testes das reações de reflexos de seus cães ao ritmo. Ele percebeu
que quando ele tocava ritmos rápidos seus cães reagiam com excitação; ritmos
mais lentos tinham um efeito tranqüilizador. Quando exposto a ritmos
sincopados, o sistema nervoso dos cães dava a impressão de estar sendo
manipulado, e eles pareciam estar confusos não sabendo como reagir.
No final dos anos 80
e começo dos anos 90 um estilo de música chamado de rock heavy-metal emergiu e
tornou-se conhecido como Thrash ou Speed Metal. A violência e agressividade da
música eram encenadas de forma adequada na pista de dança adjacente, onde os
fãs giravam com a música, e se batiam em um frenesi de movimentos, às vezes
chegando a quebrar membros neste processo. Este tipo de música continuou a ser
popular e estava bastante em evidência no Festival de Música de Woodstock de
1999. Em um artigo na revista Time, de 9 de agosto de 1999, Lance Morrow
descreveu os incêndios, pilhagens e destruição gratuita que "estavam bem
no espírito da música" do festival. Uma multidão do tamanho de Rochester,
Nova Iorque, em condições de alta excitação e sob a influência de drogas e de
"uma música enfaticamente sem sentido" começou um tumulto. Ele
resumiu o ocorrido com estas palavras: "Entra lixo, sai lixo."
Hoje, ritmos
complicados, como esses da música rock, não causam mais tumultos populares. Ao
contrário, muitos foram se tornando dependentes deles. A batida impulsionadora
da música rock está dominando a vida cotidiana dos jovens em muitas partes do
mundo. Analistas sociais estão muito preocupados porque parece que somente
através de uma batida de rock pesadamente pulsante é possível conquistar os
jovens. Ruud também expressa esta preocupação: "Minha preocupação é que
quase toda a música para as crianças e jovens deva ser ritmicamente atrativa
para romper as barreiras do som. Isto por sua vez, os bloqueia para outros
tipos de experiências auditivas."
Ritmo da Música e o
Ritmo do Corpo. A música com um ritmo forte causa uma reação sensitivo-motora
no corpo humano. Quando os soldados se cansam, uma marcha estimulante cria um
aumento de energia. Em seu livro Music in Hospitals, Van de Wall, explica:
"Vibrações de sons que atuam sobre e através do sistema nervoso dão
impulsos em seqüência rítmica para os músculos, levando-os a se contraírem e a
colocar nossos braços e mãos, pernas e pés em movimento. Por causa desta reação
muscular automática, muitas pessoas fazem um pouco de movimento quando ouvem
música; para que elas permaneçam imóveis seria necessária uma restrição
muscular consciente."
Elementos rítmicos
estão definitivamente presentes no corpo humano e em outros organismos. O
psicólogo Carole Douglis afirma: "Somos criaturas essencialmente rítmicas.
Tudo, desde o ciclo de nossas ondas cerebrais ao bombeamento de nosso coração,
nosso ciclo digestivo, o ciclo do sono - tudo trabalha em ritmos. Nós somos uma
massa de ciclos acumulados uns sobre os outros, somos claramente organizados
tanto para gerar quanto para responder aos fenômenos rítmicos."
Todo ser humano
funciona de acordo com um tempo rítmico. Isto está, em parte, relacionado ao
ritmo do coração que trabalha entre 60 e 120 batidas por minuto. Uma pulsação
normal varia entre 70 e 80 batidas por minuto. Alguns estudos indicam que as
pessoas parecem trabalhar melhor quando se associam com outras que têm um
"tempo" rítmico semelhante. Tendemos a reagir desfavoravelmente a
pessoas que ou tenham uma pulsação muito rápida ou são muito lentas.
Estes fenômenos
rítmicos ou cíclicos podem ser observados em todos os níveis da organização
biológica. Dentro de um organismo, os processos parecem que não são apenas
acidentais e auto-controlados, mas também auto-ampliados e essenciais à vida,
como as atividades cerebrais, as batidas do coração, e o ciclo respiratório.
Todos estes ritmos importantes para a vida são sincronizados com outras
atividades celulares e cooperam harmonicamente com todas as outras funções
corporais.
Problemas ocorrem
quando interferimos com os ciclos e ritmos do corpo. Este é um fato muito
conhecido pela medicina. Quando o corpo é exposto a estímulos desarmônicos
variados e contínuos, vários dos mecanismos de stress de nosso corpo são postos
em estado de alerta. Se estes mecanismos de defesa excessivamente tensionados,
a harmonia natural dos ritmos biológicos é perturbada. Isto causa desarmonia e
pode conduzir a um colapso. A menos que o equilíbrio seja restabelecido, a
situação de tensão pode resultar em uma desordem patológica fundamental.
Pesquisadores têm
observado uma conexão entre o distúrbio dos ritmos do corpo e doenças como
diabete, câncer e patologias respiratórias. Uma vez que a maioria dos
mecanismos reguladores são neutros na origem, não é surpreendente que muitas
alterações patológicas também possam acontecer em estruturas neutras. No caso
das células cerebrais, esta "desordenação" pode se manifestar não
apenas no estado físico dos neurônios, mas também na harmonia de seu
funcionamento. Por conseguinte, o comportamento do organismo pode vir a ser
seriamente afetado.
Encontramos exemplos
deste tipo se privamos as pessoas do sono ou deixamos gotas de água baterem
constantemente em sua testa, um método usado na tortura de prisioneiros. O
pesquisador David A. Noebel diz que o ritmo da música rock cria uma secreção
anormalmente alta de hormônios sexuais e adrenalina podendo causar alterações
nos níveis de açúcar no sangue e a quantidade de cálcio no corpo.
Uma vez que o cérebro
recebe sua nutrição do açúcar no sangue, sua função diminui quando este açúcar
é dirigido a outras partes do corpo para estabilizar o equilíbrio hormonal. No
ponto em que uma quantidade insuficiente de açúcar do sangue alcança o cérebro,
o julgamento moral é muito reduzido ou completamente destruído. Isto é o que
acontece quando o ritmo intensamente marcado, de uma música muito tocada em
alto volume, muda o nível de açúcar sangüíneo no corpo.
O Poder Viciante do
Rock. John Diamond, um médico de Nova Iorque, realizou numerosas experiências
sobre os efeitos da música rock. Em 1977, trabalhou como presidente eleito da
Academia Internacional de Medicina Preventiva. Ele descobriu que a música rock
é a forma mais séria de poluição sonora nos Estados Unidos. Particularmente
prejudicial é a música rock que emprega uma batida "anapéstica" (N.T.
- pé de verso grego ou latino formado de três sílabas, as duas primeiras breves
e a última longa.) onde a última batida é a mais intensa, como "da da
DA." De acordo com Diamond, este tipo de música pode "suscitar stress
e ira, reduzir a produtividade, aumentar a hiperatividade, debilitar a força
muscular e poderia desempenhar um papel na delinqüência juvenil."
Estas desordens de
comportamento ocorrem, de acordo com Diamond, porque a música rock causa um
desarranjo no sincronismo dos dois lados do cérebro, de forma que a simetria
entre os dois hemisférios cerebrais seja perdida. Ele conduziu uma experiência
numa fábrica em Nova Iorque onde a música rock era tocada o dia todo. Quando a
música foi substituída por outra que não fosse rock, Diamond descobriu que a produtividade
da fábrica aumentou em 15%, enquanto que o número de erros diminuiu na mesma
proporção.
Diamond publicou seus
resultados no livro Your Body Doesn’t Lie (Seu Corpo não Mente). Ele explica
que a batida anapéstica, característica especial da música rock, é perturbadora
porque é o oposto das batidas do coração, assim como coloca o ritmo do corpo
normal sob stress. Isto resulta em dificuldades de percepção e manifestações de
stress. Em pessoas jovens estas manifestações podem incluir um menor desempenho
escolar, hiperatividade e ansiedade, diminuição da produtividade no trabalho,
mais erros e ineficiência geral. Nos adultos, os sintomas incluem uma reduzida
capacidade de tomada de decisões no trabalho, uma sensação irritante que as
coisas não vão bem, e a perda de energia sem razão aparente.
Em seu próprio
laboratório, Diamond testou os efeitos da música rock, medindo a força do
músculo deltóide no braço. Ele descobriu que um homem normal poderia suportar a
aproximadamente 20,5 kg de pressão no braço, mas isto era reduzido a um terço
quando a batida anapéstica era tocada ao fundo.
Even Ruud explica
como a música rock alta e rítmica cria uma necessidade por reações musculares e
movimentos corporais: "Se o estímulo de som originado pelo tronco cerebral
e sistema límbico for incapaz de se expressar em termos de movimento físico,
isto pode resultar em sintomas indesejáveis de stress, ou seja, um incremento
dos estados de alerta e preparação para alarme no sistema, e que não encontram
nenhum alívio. Vendo que esta condição é dependente da intensidade do estímulo,
podemos entender por que as pessoas expostas ao barulho são propensas a
experimentar situações de stress. A música alta e sincopada criará,
semelhantemente, uma enorme atividade límbica, além de reações vegetativas e
hormonais, ou reações de stress. Estas forças poderiam ser neutralizadas por
meio da dança."
A Freqüência de
Pulso. Um efeito mensurável importante na batida do rock é sua influência no
ritmo cardíaco, independente se o corpo está em movimento ou não. Ann Ekeberg,
professora de escola secundária e pesquisadora de música, envolveu alguns de
seus colegas - professores de música - em experimentos com seus estudantes.
Antes do teste, a freqüência de pulso de cada estudante foi registrada. Um
disco de hard rock foi tocado por 5 minutos. Durante o teste, os estudantes
permaneceram quietos em seus assentos. Ao fim do teste, foram conferidas as
freqüências de pulso novamente e uma média foi registrada. O resultado mostrou
um aumento na freqüência de pulso de 7 a 12 batidas por minuto enquanto a
música rock era tocada.
As seis colunas
abaixo representam as classes da escola que participaram na experiência de
Ekeberg. A coluna escura representa a freqüência de pulso antes da música rock
ter sido tocada e a coluna clara, a freqüência de pulso depois que os
estudantes estiveram escutando por 5 minutos música hard rock.
Para validar o
resultado dos testes de Ekeberg, Tore Sognefest, um músico adventista
Norueguês, realizou seus próprios testes com alunos na escola secundária
adventista em Bergen, na Noruega. Ele registrou um aumento médio na freqüência
da pulsação de 10 batidas por minuto quando os estudantes escutaram
"Hell’s Bells" do grupo AC/DC. Quando tocamos uma "Ária" de
Bach, as freqüências da pulsação abaixaram em até 5 batidas por minuto em
relação à sua pulsação normal. A diferença de 15 pulsações cardíacas por minuto
é bastante notável. É justo dizer que foram escolhidos dois tipos muito
diferentes de música.
O professor de música
norueguês Even Ruud realizou testes semelhantes sobre os efeitos da música rock
no Instituto de Música Karajan em Salzburg. Ele descobriu: "Ritmos
sincopados são especialmente capazes de causar batidas sistólicas extras,
batidas que chegam muito cedo. Também é possível aumentar a freqüência de pulso
através de mudanças dinâmicas, como o crescendo e decrescendo de uma batida de
tambor…. Reações fisiológicas são dependentes do tipo de música que está sendo
tocada. Formas como a música de dança ou marchas tendem a ativar respostas
motoras, enquanto que outras formas parecem causar mudanças na respiração e nas
freqüências da pulsação.
Produção Aumentada de
Adrenalina. Roger Liebi, um músico suíço e especialista em idiomas bíblicos,
defende que um aumento na freqüência das pulsações também aumenta a pressão
sanguínea. Como conseqüência, isto leva a um aumento na produção de adrenalina.
Este processo é um mecanismo de defesa contra o stress, o qual ajuda a manter o
corpo em estado de alerta aumentando o fluxo de sangue nos músculos e
facilitando a entrada de oxigênio.
Se o stress na
pulsação continua, como num concerto de rock prolongado com música intensa e
monótona, é produzida uma quantidade excessiva de adrenalina, a qual as enzimas
do corpo não são capazes de metabolizar. O resultado é que uma parte da
adrenalina se transforma em outra substância química chamada adrenocromo
(C9H903N). Esta é de fato uma droga psicodélica semelhante ao LSD, mescalina,
STP, e psilocibina. Adrenocromo é um composto um pouco mais fraco que as
outras, mas os testes mostraram que ele cria uma dependência semelhante às
outras drogas. "Não é de causar surpresa, então, quando o público nos
concertos de rock ou nas discotecas atinjam ficam ‘altos’, entram em transe e perdem
o autocontrole."
A secreção aumentada
de hormônios causada pela música rock é confirmada por outros estudos. David
Noebel, um pesquisador médico, explica: "Sob a música rock, a secreção de
hormônios é mais pronunciada, o que causa um desequilíbrio anormal no sistema
corporal, diminuindo os níveis açúcar e cálcio no sangue e comprometendo o
julgamento." Ele cita a pesquisa médica indicando que "As vibrações
de baixa freqüência do contrabaixo, junto com a batida impulsionadora da
bateria, afetam o fluido cérebro-espinhal, o qual afeta a glândula pituitária,
a qual, por sua vez, controla as secreções hormonais do corpo."
A reação humana à
música rock é tão dominante que os neurologistas foram incapazes de suprimir a
resposta física de seus ritmos. Foram feitas experiências para entorpecer cada
a metade do cérebro ou várias áreas do cérebro simultaneamente, mas o paciente
ainda responde à batida do ritmo."
Os Efeitos das Luzes
Piscando. Os estímulos rítmicos da música rock podem ser intensificados com
luzes piscantes. Por exemplo, o laser e as luzes estroboscópicas usadas nas
discotecas e em concertos de rock intensificam e amplificam a manipulação
rítmica. Jean-Paul Regimbal, um pesquisador canadense, explica como o fenômeno
age: "Luzes que constantemente mudam de cor e intensidade perturbam a
capacidade de orientação e os reflexos naturais. Quando a alteração entre luz e
escuridão, acontece entre seis a oito vezes por segundo, o senso de
profundidade é seriamente prejudicado. Se isto ocorre 26 vezes por segundo, as
ondas alfa do cérebro se alteram e a capacidade de concentração é enfraquecida.
Caso a freqüência de alteração entre luz e escuridão ultrapasse esse valor e
perdure por um tempo considerável, o controle da pessoa sobre os sentidos pode
cessar completamente. Por essa razão, não é exagero alegar que o rock,
combinado com efeitos luminosos, resulta em completa ‘violação da consciência
do indivíduo.’"
É fato conhecido de
todos os pilotos de helicóptero que incidentes, acidentes, e situações de
perigo têm ocorrido por causa de perda momentânea de consciência dos pilotos
quando voam com a luz do sol incidindo diretamente sobre seus olhos após passar
através das hélices do rotor da aeronave em movimento. É uma regra de segurança
para eles voar em um angulo no qual ã luz do sol não fique nesta condição.
Também é fato
conhecido por muitos um incidente ocorrido no Japão, onde centenas de crianças
que assistiam ao desenho Pokemon tiveram cólicas, vômitos, tonturas e mal-estar
geral, ao assistir uma cena em que havia uma seqüência de luzes piscando
rapidamente. O desenho foi retirado de circulação.
Bäumer, um
pesquisador alemão, comenta dos efeitos de tal manipulação nas funções
corporais (especialmente em níveis extremos): "A pessoa entra num estado
extático, com espasmos semelhantes aos dos ataques epilépticos, nos quais
grita, morde, ruge e ri, urina e rasga suas vestes, num intenso sentimento de
alegria e felicidade." Por esta razão, as pessoas propensas à ataques
epilépticos são advertidas a ficarem longe das discotecas onde as luzes
estroboscópicas estão sendo usadas, visto que estas luzes piscando tendem a
causar ataques epilépticos.
Os fenômenos citados
acima são facilmente observados na cultura popular do rock e nas festas rave,
onde luz e som são usados em rápida alternação, com padrões monótonos e
repetitivos, em ordem para produzir o máximo efeito na platéia.
CONCLUSÃO
Investigações
científicas têm demonstrado que a música afeta a freqüência cardíaca,
respiração, pressão sanguínea, digestão, equilíbrio hormonal, rede neural do
cérebro, ritmos do corpo humano, humores e atitudes. A enorme influência da
música sobre os aspectos físicos, mentais, e emocionais de nosso corpo deveria
ser de grande preocupação para os cristãos que aceitam o apelo para se consagrarem
todo o ser como "um sacrifício vivo, santo e aceitável a Deus" (Rom
12:1).
A batida irregular,
incansável, e intensa da música popular, especialmente as formas derivadas do
rock colocam o corpo humano sob stress aumentando a freqüência da pulsação, a
pressão sanguínea, e a produção de adrenalina, e prejudicando a qualidade da
audição das pessoas.
http://www.musicaeadoracao.com.br/palestras/efeitos_musica_texto.htm
A Música e Seus Efeitos no Indivíduo
Ana Maria N. Gorski Damaceno [*]
"Existem músicas e músicas, suaves e harmoniosas,
estridentes e sincopadas.
Comprovadamente, qualquer delas exerce profunda
influência na formação da
personalidade humana" - Gerson Gorski Damaceno
Um dos meus compositores prediletos, o prodigioso
pianista Franz Liszt disse:
"Considerai a arte, não como um meio de
satisfazer ambições egoístas, ou de
alcançar uma celebridade estéril, mas como uma forma
que une e sustenta a
humanidade".
Acompanhando o progresso da humanidade sempre esteve
presente a ciência
da arte musical.
Um dos fatores de grande importância na formação da
personalidade do individuo
é a sua cultura musical.
Não apenas porque desperta a criatividade, mas, porque
enriquece e desenvolve
as faculdades humanas de um modo geral. A música
contribui e apela para o
desenvolvimento da sensibilidade, inteligência,
perseverança, amor, criatividade,
memorização, vontade, auto-estima, autodisciplina,
improvisação e muito mais...
Proporcionando alegria ao compositor, ao executante e
ao ouvinte. Sentimos que,
por todas essas razões, a música é um fator cultural
extremamente necessário
para o ser humano.
Os gregos, árabes, hebreus, hindus, chineses e outros
povos da antiguidade
possuem inúmeros documentos referindo-se ao poder
terapêutico da música.
O mais típico exemplo desse fenômeno mencionado na
Bíblia é o de Davi
tocando harpa
para acalmar o rei Saul, restaurando-lhe a paz. O declínio
espiritual da música bem como a transformação da
natureza e da mentalidade
humana, são responsáveis pelos raros efeitos
terapêuticos da música atual.
Certas músicas contemporâneas, não só como o Jazz e
Rock podem provocar
sério desequilíbrio no sistema nervoso. O uso
extensivo de síncopes, ostinatos,
polirítimos, dissonâncias, bem como o volume do som
extremamente alto,
concorrem gradualmente para o aparecimento de
enfermidades graves no
individuo, principalmente a perda da audição que é
irrecuperável. O filosofo
romano Boethius (480-524) disse: "A saúde é tão
musical que a doença não é
outra coisa senão uma dissonância, e essa dissonância
pode ser resolvida
pela música".
Inúmeras são as pessoas que têm experimentado os
efeitos terapêuticos ouvindo
música erudita, executando-a, simplesmente
improvisando-a, ou compondo-a
descontraidamente. A prática pessoal de algum
instrumento ou canto contribuem
para o equilíbrio físico, emocional, e mental do
individuo.
Às vezes certos alunos adultos após terminada a aula
nos confessam: "Professora,
a senhora curou-me de minha forte dor de cabeça".
Simples exercícios rítmicos,
de relaxamento, canções bem melodiosas e execução
descontraída das peças
musicais exercem efeitos saudáveis sobre o sistema
nervoso fazendo desaparecer
no estudante as tensões acumuladas durante o dia.
Por outro lado podemos constatar que, certos alunos,
muitas vezes, usando um
esforço demasiado na pratica instrumental ou vocal
errônea, apresentam um
alto desequilíbrio nervoso.
Quando certos alunos desejam praticar e apresentar
peças que ainda não estão t
ecnicamente preparados, perdem muitas horas treinando,
ficando frustrados com
os resultados satisfatórios que deixam de preencher
suas necessidades estéticas
e psíquicas.
Toda essa problemática resulta num certo desequilíbrio
físico e emocional, muitas
vezes agravado por uma postura inadequada, respiração
incorreta, tensão
nervosa causando problema de coluna, cansaço,
irritabilidade, distensão muscular,
dores de cabeça, depressão, e profunda desmotivação no
estudo musical.
Uma boa sugestão para evitar alguns desses problemas é
de incentivar o aluno a
dividir o seu treino musical diário intercalando com
outras atividades.
O professor deve estar sempre alerta a tais situações
motivando o aluno a
escolher um repertorio adequado, respeitando as
condições físicas, emocionais,
e a personalidade de cada individuo. Relembrando o
pensamento de um amigo:
"Pela música encontramos a maneira mais
emocionante de recordar um passado
triste ou
alegre". Diante disso necessitamos adaptar diferentes estratégias de
ensino e repertório de acordo com as situações
emocionais do executante.
Deve-se evitar forçar ou causar tensões desnecessárias
ao aluno, pois,
a música tem como objetivo trazer saúde, paz e harmonia
para nossa vida,
no ambiente em que vivemos e ao nosso mundo. Ao
contrario, muita ruidosa
música atual, prejudica a saúde e causa desequilíbrio
total na vida do individuo
e do seu mundo.
Pense e reflita, antes de escolher e ouvir o seu
repertório musical...
Fonte: http://www.folhadafamilia.com/musica_adoracao009.asp
[*] - Conheça mais sobre a autora clicando aqui
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