quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Musicoterapia - A Música e Seus Efeitos no Indivíduo

A Música e Seus Efeitos no Indivíduo

Ana Maria N. Gorski Damaceno [*]

"Existem músicas e músicas, suaves e harmoniosas, estridentes e sincopadas.
Comprovadamente, qualquer delas exerce profunda influência na formação da personalidade humana" - Gerson Gorski Damaceno

Um dos meus compositores prediletos, o prodigioso pianista Franz Liszt disse:
 "Considerai a arte, não como um meio de satisfazer ambições egoístas, ou de alcançar uma celebridade estéril, mas como uma forma que une e sustenta a humanidade".

Acompanhando o progresso da humanidade sempre esteve presente a ciência da arte musical.

Um dos fatores de grande importância na formação da personalidade do individuo é a sua cultura musical.

Não apenas porque desperta a criatividade, mas, porque enriquece e desenvolve as faculdades humanas de um modo geral. A música contribui e apela para o desenvolvimento da sensibilidade, inteligência, perseverança, amor, criatividade, memorização, vontade, auto-estima, autodisciplina, improvisação e muito mais...
Proporcionando alegria ao compositor, ao executante e ao ouvinte. Sentimos que, por todas essas razões, a música é um fator cultural extremamente necessário para o ser humano.

Os gregos, árabes, hebreus, hindus, chineses e outros povos da antiguidade possuem inúmeros documentos referindo-se ao poder terapêutico da música. O mais típico exemplo desse fenômeno mencionado na Bíblia é o de Davi tocando harpa para acalmar o rei Saul, restaurando-lhe a paz. O declínio espiritual da música bem como a transformação da natureza e da mentalidade humana, são responsáveis pelos raros efeitos terapêuticos da música atual.

Certas músicas contemporâneas, não só como o Jazz e Rock podem provocar sério desequilíbrio no sistema nervoso. O uso extensivo de síncopes, ostinatos,  polirítimos, dissonâncias, bem como o volume do som extremamente alto, concorrem gradualmente para o aparecimento de enfermidades graves no individuo, principalmente a perda da audição que é irrecuperável. O filosofo romano Boethius (480-524) disse: "A saúde é tão musical que a doença não é outra coisa senão uma dissonância, e essa dissonância pode ser  resolvida
pela música".

Inúmeras são as pessoas que têm experimentado os efeitos terapêuticos ouvindo música erudita, executando-a, simplesmente improvisando-a, ou compondo-a descontraidamente. A prática pessoal de algum instrumento ou canto contribuem para o equilíbrio físico, emocional, e mental do individuo.

Às vezes certos alunos adultos após terminada a aula nos confessam: "Professora, a senhora curou-me de minha forte dor de cabeça". Simples exercícios rítmicos, de relaxamento, canções bem melodiosas e execução descontraída das peças musicais exercem efeitos saudáveis sobre o sistema nervoso fazendo desaparecer
no estudante as tensões acumuladas durante o dia.

Por outro lado podemos constatar que, certos alunos, muitas vezes, usando um esforço demasiado na pratica instrumental ou vocal errônea, apresentam um alto desequilíbrio nervoso.

Quando certos alunos desejam praticar e apresentar peças que ainda não estão Tecnicamente preparados, perdem muitas horas treinando, ficando frustrados com os resultados satisfatórios que deixam de preencher suas necessidades estéticas e psíquicas.

Toda essa problemática resulta num certo desequilíbrio físico e emocional, muitas vezes agravado por uma postura inadequada, respiração incorreta, tensão nervosa causando problema de coluna, cansaço, irritabilidade, distensão muscular, dores de cabeça, depressão, e profunda desmotivação no estudo musical.
Uma boa sugestão para evitar alguns desses problemas é de incentivar o aluno a dividir o seu treino musical diário intercalando com outras atividades.

O professor deve estar sempre alerta a tais situações motivando o aluno a escolher um repertorio adequado, respeitando as condições físicas, emocionais, e a personalidade de cada individuo. Relembrando o pensamento de um amigo: "Pela música encontramos a maneira mais emocionante de recordar um passado
triste ou alegre". Diante disso necessitamos adaptar diferentes estratégias de ensino e repertório de acordo com as situações emocionais do executante.
Deve-se evitar forçar ou causar tensões desnecessárias ao aluno, pois, a música tem como objetivo trazer saúde, paz e harmonia para nossa vida, no ambiente em que vivemos e ao nosso mundo. Ao contrario, muita ruidosa música atual, prejudica a saúde e causa desequilíbrio total na vida do individuo e do seu mundo.

Pense e reflita, antes de escolher e ouvir o seu repertório musical...

Fonte: http://www.folhadafamilia.com/musica_adoracao009.asp

[*] - Conheça mais sobre a autora clicando aqui

Se você gostou desta página, envie o link para os amigos via e-mail!
Nota: É necessário ter um programa de e-mails (Outlook, Eudora, Netscape, etc...).
Não funciona por WebMail.
Se você tem alguma sugestão ou reclamação, ou também tem artigos interessantes
sobre o assunto, e gostaria de compartilhá-los, publicando-os neste espaço, entre
em contato conosco.
Lembramos que os textos aqui postados são de responsabilidade de seus autores.
Por isso, ao usar algum texto ou parte dele, mencione a origem da informação e o nome do autor do texto.
http://www.musicaeadoracao.com.br/efeitos/corpo_mente/musica_efeitos_gorski.htm


SOBRE PLANTAS E ANIMAIS  22 DE JANEIRO DE 2013 6:13 PM 
 por: Cezar Ribas                                                                De acordo com uma nova pesquisa, besouros são super caretas e não gostam de rock Heavy Metal – ou de nenhuma música mais “pesada”. E os cientistas descobriram que o som que os mais deixa irritados são versões modificadas dos sons que eles mesmos fazem.

Os besouros estavam destruindo árvores que já estavam em extinção, muito importantes para o ecossistema, e os cientistas resolveram encontrar uma forma de impedi-los (sim, os besouros também têm lugar no ecossistema, mas a ação do homem e as mudanças climáticas fizeram com que eles se reproduzissem demais).Para expulsar os besouros, os cientistas tocaram Guns & Roses, Queen, Rush Limbaug e versões manipuladas dos sons dos próprios besouros. Além de ficarem perturbados e irem embora, os insetos lutavam entre si, matando uns aos outros, não conseguiam se reproduzir, muito menos cavar túneis e se alimentar.A conclusão foi que o stress acústico realmente afeta os insetos e é uma boa maneira de combatê-los.Antes de colocar a “terapia” em prática na floresta, os cientistas haviam testado o método em pequenas “fatias” de madeira, retiradas de árvores infestadas, e puderam analisar de perto a resposta dos besouros com diferentes tipos de música.Os pesquisadores afirmam que, se a música fosse tocada antes da cópula dos insetos, o macho ficava tão irritado que acabava destruindo a fêmea.



Nota: de acordo com o site MSNBC, o projeto de pesquisa foi coordenado por Richard Hofstetter e Reagan McGuire, entmologistas da Northern Arizona University.                    http://musicaeadoracao.com.br/50664/heavy-metal-afugenta-besouros-e-os-deixa-furiosos/                                                      Fonte: HypeScience                                                     TAGS: BESOUROS, EFEITOS, ROCK

por: Fernando Melo
Rock, pagode, funk, lenta, clássica, brega, sertaneja, have metal, forróa lista é grande e tem estilos para todos os gostos. Quando alguém diz que gosta de determinado tipo de música sempre haverá alguns que chamarão seu gosto de mal gosto, mas isto talvez não traga maiores complicações que uma simples divergência de opinião. Mas quando se fala de música religiosa as coisas parecem ser diferentes. É preciso considerar o fato de que na música não religiosa existe boa música e música de péssima qualidade. Há uma música de consumo, feita com objetivos meramente comercias, que arrasta multidões de jovens num embalo alucinante, mas que não tem beleza musical e literária. Música feita para enriquecer gravadoras, produtores, artistas e empresários do ramo. Um emaranhado de luz, som e efeitos especiais atrai milhares aos clubes, salões e festas de rua sob o comando dos trios elétricos.
A música faz parte da vida social da humanidade, 

influenciando culturalmente o comportamento das pessoas, mexendo com as emoções e sentimentos, afeta a própria razão, determinando padrões de vida e alterando os rumos da sociedade. A experiência mais familiar aos jovens é a da música que toma conta deles: sabem que a música não os prende de um determinado lado, não os atinge só de um determinado aspecto deles mesmos, mas toca o centro de sua existência, atinge o conjunto de sua pessoa, coração, espírito e corpo. Ela os agarra, sacode, invade até impor-lhes um comportamento, um determinado jeito de ser. [Muitos "ídolos" musicais do momento], de talento próprio ou fabricado nos laboratórios empresariais de marketing publicitário para o mercado musical consumidor, tem servido de referência e padrão para juventude. A moçada come, bebe, veste, fala, usa e se comporta como seus ídolos. Estes modelos, não raras vezes, tem uma vida moral questionável. Ao admirá-los e amá-los, correm risco, mesmo inconscientemente, de serem influenciados pelo caráter e personalidade destes popstars. Georges Snyders – A escola pode ensinar as alegrias da música? p. 80 – diz que a música pode assumir proporções de violenta dominação opressora despertando dentro de nós forças desordenadas, indistintas e põe em movimento forças subterrâneas levando o homem ao próprio caos. Medo, crueldade, angustia, sensualidade trazem um misto de encanto e tristeza que são facilmente suscitados pelas tempestades musicais.Várias experiências científicas já foram feitas comprovando a influência da música sobre o corpo e a mente. Até mesmo plantas e animais são afetados e tem seu desenvolvimento alterado pela ação da música. Então você não pode esperar que uma pessoa que escuta freqüentemente qualquer tipo de música continue do mesmo jeito. Ela será atingida na sua vida sentimental, social, emocional e espiritual.Imagine um filme sem música: as cenas de terror não causariam tanto medo, as cenas de ação não produziriam tanta adrenalina, as cenas de humor não produziriam tanto riso, as cenas de emoção não fariam brotar tantas lágrimas, as cenas de amor não fariam bater mais forte tantos corações apaixonados. Na verdade parece que um mundo sem música seria como um mundo sem cor. Sendo a música um poder tão abrangente, ela é alvo do interesse de vários seguimentos como a política, religião, comércio, mídia, entre outros. Mas o maior interessado no assunto é o ex-maestro da orquestra celestial, Satanás. Ele quer levar as pessoas a se afastarem de Deus, e tem usado a música como um instrumento em suas mãos. Você tem que estar ligado para que, ao se ligar em uma música, não esteja sendo desligado. Desligado das realidades da vida e das coisas espirituais. O que você está ouvindo? 93% dos jovens ouvem rádio cada semana. Os jovens gastam cerca de 7 horas por semana ouvindo rádio e cerca de 6 horas por semana ouvindo CDs e fitas. Daí o interesse do mercado fonográfico na juventude. Muitos jovens tem o gosto musical distorcido. É impossível que uma pessoa escute determinados tipos de música durante a semana inteira e tendo desenvolvido seu paladar musical para este estilo de musica não religiosa de baixa qualidade, que não eleva a mente e o espírito, tenha prazer na música de Deus. Por "curtir um som" que está nas paradas de sucesso, você pode colocar em risco suas bases espirituais.Atualmente tem surgido um perigo para o jovem cristão, relacionado a música, que é mais sutil e sedutor que a música secular não religiosa, a música religiosa. A música não religiosa é facilmente identificada como uma música que não pertence a Deus. Sua origem e seus divulgadores denunciam sua influência prejudicial. A música religiosa contemporânea tem se assemelhado à música popular e por isso causado tantos questionamentos. Há um conceito filosófico de música evangélica que defende a ideia de que Deus é o Deus das artes e da música e que toda música pertence a Deus, não importa qual seja o tipo e que é preciso resgatar as músicas que estão sendo usadas por Satanás e colocá-las a serviço de Deus. Assim, samba, jazz, blues, etc., podem ser usados para adorar a Deus. Somado a isto, está a ideia que é preciso alcançar a pessoa no nível em que ela está, na sua cultura, em seus costumes. Portanto se um jovem gosta de rock, faça-se um rock evangélico para atraí-lo e agradá-lo, se outro aprecia música romântica, ofereça-lhe uma suave balada gospel. Seria este o método de Deus? Jesus desceu a Terra, misturou-se com os piores pecadores, conviveu com eles, mas nunca rebaixou as normas e os padrões para conquistá-los.Por outro lado existe a verdadeira filosofia cristã de música. Aquela que tem por princípio elevar o homem em todos aspectos de sua vida. A boa música sempre edificará, tanto mental como espiritualmente, tanto emocional como sentimentalmente. O critério de avaliação nunca deveria ser o gosto musical do ser humano afetado por influências culturais e sociaiscontaminadas pelo pecado.Não basta colocar uma letra falando de Deus, com citação de textos bíblicos ou expressando idéias religiosas para que esta música seja uma boa música e apropriada para o consumo de um jovem cristão. Mesmo que você goste de certas músicas, elas podem conspirar contra sua fé.A questão não é ser liberal ou conservador. O fato é que temos que ter consciência de que como jovens do século XXI, não somos obrigados a gostar de música de mil anos atrás, mas precisamos estar atentos para o tipo de música que estamos consumindo e apreciando. Você deve estar se perguntando: "Já que eu tenho que gostar da música que Deus gosta, qual é o gosto musical de Deus? Será a música medieval européia ou a americana do século passado? Será o canto gregoriano ou a música gospel moderna?". Na realidade as músicas variam de região para região e de época para época, mas nós podemos ter alguns critérios que poderão nos auxiliar dentro de nosso contexto cultural, social e histórico, baseados em conceitos dados pela revelação divina. Aí vão algumas dica práticas:A letra – o conteúdo e a mensagem da música devem estar em harmonia com os ensinos e doutrinas da Bíblia. A música tem uma função didática e deve ensinar a verdade de acordo com a vontade de Deus. Cuidado, existem belas músicas que tem uma letra anti-bíblica.
O estilo ou ritmo – toda música tem ritmo, mas alguns não favorecem a adoração. Uma canção para ser sagrada não precisa ser fúnebre, ela pode ser alegre e vibrante. No entanto a boa música vai evitar o apelo físico, pode envolver a pessoa como um todo, mas sempre vai levar a mensagem e consequentemente a um crescimento espiritual.
A reação – uma boa maneira de avaliar a qualidade de uma música é a resposta produzida na pessoa. A música como elemento de adoração deve ser racional. Ao agir sobre a mente deve influenciar os sentimentos e as emoções levando a um compromisso com a mensagem e o envolvimento de todo o ser. Muita gente acha que música jovem tem que ser cheia de embalo, com cara de pop music, produzida por um bando de cabeludos com jaquetas de couro e guitarras nas mãos, levando a moçada ao delírio em shows de música gospel. Outros acham que os jovens devem se contentar com músicas pré-históricas acompanhadas por um órgão de fole da idade da pedra. Como alcançar o equilíbrio, o bom senso, a maturidade cristã neste assunto? Certamente com humildade o oração, buscando em Deus e em Sua palavra orientação, estudando sem radicalismo ou preconceitos e deixando-se ser guiado pelo Espírito Santo. Não seguindo gostos pessoais ou a onda do momento. Respeitando a opinião dos outros e não transformando sua opinião em uma doutrina para salvação. Saber que a despeito do tempo ou do lugar, da cultura ou costumes, os sinceros e fiéis filhos de Deus que O adoram em espírito e em verdade estarão junto ao trono do Cordeiro cantando um cântico novo. Saber escolher música de boa qualidade, religiosa ou não, demonstra sabedoria e maturidade. O jovem inteligente e de bom gosto não se deixa levar por modismos impostos pela mídia e pelo "todo mundo tá curtindo esse som". Você não precisa se sentir um extraterrestre ou alienígena por ter estilo próprio e critérios na seleção musical. Mesmo o gosto pessoal pode ser perigoso, se usado como padrão, pois nós temos uma natureza contaminada pelo pecado. Ao sintonizar o seu dial ou ao entrar em uma loja para adquirir um novo CD, você deve estar atento a influência da música que vai estar ouvindo. A música é um fio que tece nossas vidas.



TAGS: DEBATE, FORMA, GOSTO http://musicaeadoracao.com.br/50797/gosto-musical-nao-se-discute/ 

Médicos Podem Passar a Receitar Músicas em Vez de Remédios

SOBRE CORPO E A MENTE HUMANAS  4 DE FEVEREIRO DE 2013 6:56 PM 
por: Luciana Galastri (HypeScience)
Segundo uma nova pesquisa da Universidade Caleidonian de Glasgow, as emoções que a música desperta podem ser usadas para tratar dores físicas e depressão.O projeto, que reuniu engenharia de áudio e psicologia musical, procurou analisar de que forma a música nos ajuda quando estamos passando por momentos difíceis na vida. Segundo os pesquisadores, os resultados mostraram que isso é mais complicado do que assumir que a música rápida nos deixa mais felizes enquanto a música lenta faz com que fiquemos tristes.
Primeiro é importante saber que as letras das músicas, e não apenas o ritmo, influenciam o nosso humor. Outro fator importante apontado pelos cientistas é o que você associa com a música (se você estava se sentindo bem quando a ouviu pela primeira vez, por exemplo).
Durante a pesquisa, voluntários ouviram várias músicas de diferentes estilos que nunca haviam escutado antes. Depois eles indicavam que sentimento a música passava. O resultado mostrou que as músicas associadas com sentimentos positivos têm uma batida regular, timbre claro e constante.
O próximo passo da projeto é criar um modelo matemático que “traduza” a habilidade das músicas de transmitir emoções e convertê-lo em um programa de computador que analise as necessidades de cada indivíduo e componha uma música especial para ele, podendo substituir antidepressivos e remédios para a dor física. [DailyTech]


Fonte: HypeScience - TAGS: EFEITOS, REMÉDIOS http://musicaeadoracao.com.br/50660/medicos-podem-passar-a-receitar-musicas-em-vez-de-remedios/

Pare Para Ouvir a Música!

ARTIGOS DIVERSOS E CURIOSIDADES MUSICAIS  8 DE FEVEREIRO DE 2013 11:07 AM 
por: Natasha Romanzoti (HypeScience)

Muitas histórias que circulam pela internet não são verdades, ou são “meias verdades”. A história a seguir, porém, um tanto famosa na web, é muito verdade, e muito tocante.
Aconteceu mesmo, em 2007, na cidade de Washington, nos EUA. Um gênio (que não gostaria que usássemos essa palavra) parou na estação de metrô L’Enfant Plaza e posicionou-se contra uma parede ao lado de uma lata de lixo, usando calça jeans, camiseta de manga comprida e um boné de beisebol do Washington Nationals.
Em seguida, tirou um violino de uma pequena caixa. Colocou a caixa em aberto a seus pés, astutamente jogou alguns dólares para atrair outros mais, se virou para enfrentar o tráfego de pedestres, e começou a tocar.
Joshua Bell.




Às 7h51 de uma sexta-feira, 12 de janeiro, no meio do rush matinal, um dos melhores violinistas do mundo tocou seis peças clássicas das mais elegantes já escritas, em um dos mais valiosos violinos já feitos por 43 minutos conforme 1.097 pessoas passaram.
O que acontece quando um artista de rua comum toca, todos sabemos: um ou outro transeunte dão rápidas olhadas e jogam moedas, outros muitos se irritam com a “poluição sonora” e a indução de culpa se não pagar por uma performance pela qual não pediu, enquanto raros param para apreciar o talento do próximo.
Aí vem a questão: o que um músico consagrado estava fazendo tocando em um metrô? A “pegadinha” tinha sido arranjada pelo jornal The Washington Post como uma experiência de percepção de contexto e prioridades, bem como uma avaliação do gosto do público.
Em um cenário banal em uma hora inconveniente, a beleza transcenderia?
O músico não tocava músicas populares cuja familiaridade poderia ter atraído o interesse de quem passava. Esse não era o teste. A ideia era ver se as obras-primas seculares brilhariam por si sós, fazendo com que a grandeza da música provocasse a reação da população de reconhecimento do incrível.
O que você acha que aconteceu?
Antes da pegadinha ser posta em prática, a opinião de um especialista foi pedida pelo Washington Post, que se referiu ao acontecimento como “hipotético”.
Leonard Slatkin, diretor musical da Orquestra Sinfônica Nacional dos EUA, respondeu o que ele pensava que ocorreria se um dos grandes violinistas do mundo se apresentasse anonimamente ao público na hora do rush em um metrô.
“Vamos supor que ele não é reconhecido e apenas tomado como um músico de rua. Ainda assim, eu acho que, se ele for realmente bom, não vai passar despercebido. Teria uma maior audiência na Europa, mas, sim, de 1.000 pessoas, o meu palpite é que pode haver 35 ou 40 que vão reconhecer a qualidade de seu som. Talvez 75 a 100 parem e passem algum tempo escutando”, chutou Slatkin.
Então, uma multidão se reuniria? “Ah, sim”, disse, convicto. E quanto esse músico deve ganhar? “Cerca de US$ 150 [R$ 300]”, opinou.
Em seguida, Slatkin soube que o evento não era hipotético. Tinha realmente acontecido. “Bem, quem foi o músico?”, perguntou.
Joshua Bell.
“NÃO!”.

Bell, o prodígio

Aos 39 anos, Joshua Bell é aclamado internacionalmente. Ele já tocou com as melhores orquestras por todo o mundo, mas também já apareceu em “Vila Sésamo”. Bell tocou até mesmo a trilha sonora do filme de 1998 “O Violino Vermelho”. Conforme o compositor John Corigliano aceitou o Oscar de Melhor Trilha Sonora Original Dramática, creditou Bell, que, segundo ele, “toca como um deus”.
Três dias antes de sua “performance de rua”, ele se apresentou de casa cheia no imponente Boston Symphony Hall, evento no qual os “piores” assentos foram vendidos por US$ 100 (cerca de R$ 200).
Bell é um galã. Alto e bonito, simples e direto, é difícil de não notá-lo. Ao aceitar a pegadinha do jornal, apesar de estar acostumado com elogios, pediu apenas que não fosse referido como um gênio.
O evento havia sido descrito a ele como um teste para saber se, em um contexto incongruente, pessoas comuns reconheceriam genialidade. “Não me sinto confortável se você me chamar de gênio”, disse. Segundo ele, era uma palavra muito utilizada, e podia ser aplicada a alguns dos compositores cuja obra ele toca, mas não a ele. Suas habilidades são em grande parte interpretativas, argumentou.
No entanto, se tomarmos gênio como a definição é aplicada no campo da música, é exatamente o que ele é. Genialidade é um brilho congênito – uma habilidade inata e sobrenatural que se manifesta cedo, e muitas vezes de forma dramática.
Um fato intrigante sobre Bell é que ele teve suas primeiras lições musicais quando tinha 4 anos de idade, em Bloomington, Indiana (EUA). Seus pais, ambos psicólogos, decidiram dar-lhe treinamento formal depois que viram que seu filho havia amarrado faixas de borracha nas gavetas de sua cômoda e estava replicando melodias clássicas apenas de ouvido, movendo as gavetas para variar o tom. Se isso não for uma criança prodígio, não sei o que é.

O dia D

Bell levou para seu show anônimo o mesmo instrumento que sempre toca: chamado Gibson ex Huberman, é um violino artesanal feito em 1713 por Antonio Stradivari durante o “período de ouro” do mestre italiano, no final de sua carreira. Nenhum violino soa tão maravilhoso quanto Stradivarius da década de 1710, diria qualquer especialista.
Bell toma o maior cuidado com seu instrumento. Nada pode acontecer com ele, ou o som que ele produz pode ser diferente. A frente do violino está em estado quase perfeito, com um lustroso brilho. A parte de trás, no entanto, é uma bagunça; seu acabamento escuro avermelhado vai se esvaindo até uma seção de madeira nua.
Isso porque a parte de trás nunca foi refeita, e está com seu verniz original. Muitas pessoas atribuem os aspectos do som de um violino ao verniz. Cada fabricante tinha a sua própria fórmula secreta. Acredita-se que a de Stradivari era um coquetel engenhosamente equilibrado de mel, clara de ovos e goma arábica de árvores da África subsariana. E este instrumento em particular tem um passado cheio de mistério. Por duas vezes, foi roubado de seu proprietário prévio, o polonês Bronislaw Huberman.
A primeira vez, em 1919, desapareceu do quarto de Huberman em Viena, mas foi rapidamente devolvido. Da segunda vez, quase 20 anos mais tarde, foi pego de seu camarim no Carnegie Hall. Somente em 1985 o ladrão – um violinista de Nova York – fez uma confissão no seu leito de morte a sua esposa, e devolveu o instrumento.
Bell o comprou alguns anos atrás. Para tanto, teve que vender seu próprio Stradivarius e dar muito mais. O preço foi relatado em cerca de US$ 3,5 milhões (R$ 7 mi).
Naquela sexta, pessoas esperando o metrô ganhariam algo provavelmente mais caro do que poderiam pagar: um concerto de um dos músicos mais famosos do mundo de graça. Isso, é claro, se o notassem.
Bell decidiu começar sua apresentação com “Chaconne”, de Partita nº 2 de Johann Sebastian Bach em D Menor. Segundo ele, “não apenas é uma das maiores peças de música já escritas, mas uma das maiores conquistas de qualquer homem na história. É uma peça espiritualmente poderosa, emocionalmente poderosa, estruturalmente perfeita. Além disso, foi escrita para um solo de violino, por isso não estarei fazendo alguma versão meia-boca”.
Bell não disse, mas a peça também é considerada uma das mais difíceis de se dominar. Muitos tentam, poucos conseguem. É exaustivamente longa – 14 minutos – e consiste inteiramente de uma única progressão sucinta repetida em dezenas de variações para criar uma arquitetura assustadoramente complexa. Composta por volta de 1720, na véspera do Iluminismo europeu, é dita como uma celebração da amplitude da possibilidade humana.
Ele realmente não fez uma versão meia-boca: tocou com um entusiasmo acrobático, seu corpo inclinando-se para a música e arqueando na ponta dos pés nas notas altas. O som era quase sinfônico.
No entanto, três minutos se passaram até que algo aconteceu. 63 pessoas já haviam passado quando, finalmente, um homem de meia-idade alterou sua marcha por uma fração de segundo, virando a cabeça para perceber que tinha um cara tocando música. Só isso.
Meio minuto mais tarde, Bell conseguiu sua primeira doação. Uma mulher jogou um dinheirinho e continuou andando. Mais seis minutos depois, alguém finalmente se recostou contra uma parede para escutar.
Esse alguém era John David Mortensen. Ele não entende de música clássica. Mas, pela primeira vez em sua vida, parou para ouvir um músico de rua. Ele tinha três minutos para gastar, e ficou ali todos eles. No fim, outra atitude inédita: deu dinheiro a um músico de rua. Ele não soube dizer por que, mas algo sobre a peça o deixou em paz.
Depois de “Chaconne”, veio “Ave Maria” de Franz Schubert, que surpreendeu alguns críticos de música quando foi estreada em 1825: Schubert raramente mostrava sentimento religioso em suas composições, mas “Ave Maria” é uma obra de tirar o fôlego.
Um par de minutos se passa, e algo revelador acontece. Uma mulher e seu filho, em idade pré-escolar, emergem da escada rolante. A mulher anda rapidamente, segurando a mão da criança.
Sheron Parker está com pressa. Seu filho Evan, 3 anos, está intrigado, no entanto. Ele fica se deslocando, olhando para trás, tentando assistir Joshua Bell. Ele queria parar e ouvir, mas Sheron não podia. Ela habilmente se pôs entre Evan e Bell, cortando sua linha de visão. Mais tarde, quando soube o que havia perdido, riu. “Evan é muito inteligente!”, disse.
Crianças são mesmo inteligentes. Não houve padrão étnico ou demográfico para distinguir as pessoas que ficaram para assistir Bell, ou que lhe deram dinheiro. Brancos, negros e asiáticos, jovens e velhos, homens e mulheres, foram representados em todos os grupos. Mas um comportamento manteve-se absolutamente constante: toda vez que uma criança passava, tentava parar e assistir. Todas as vezes, um pai puxou a criança embora.
Bell toca em seguida a peça de Manuel Ponce “Estrellita”, então uma peça de Jules Massenet, e então começa novamente uma de Bach.
Conclusão: sete pessoas pararam o que estavam fazendo para lhe ouvir pelo menos por um minuto. 27 lhe deram dinheiro, a maioria deles sem parar; um total de US$ 32,17 (cerca de R$ 65). 1.070 pessoas sequer se viraram para olhá-lo.
Segundo Bell, nesse tempo todo, há seis momentos particularmente dolorosos de reviver: o que acontece logo após cada peça termina, que é… nada. A música para. As mesmas pessoas que não tinham o notado continuando não o notando. Nenhum aplauso, nenhum reconhecimento.
Observando o vídeo semanas depois, Bell se encontra mistificado por uma única coisa. Ele entende por que não há uma multidão o ouvindo na hora do rush, mas fica surpreso com o número de pessoas que não prestam atenção nenhuma nele, como se fosse invisível, quando na verdade está fazendo MUITO barulho.
E é verdade. Portanto, aqueles que passam, cabeça para a frente, como se não tivesse nenhum som ali, são totalmente alheios ao seu redor? Bell se pergunta se a sua desatenção pode ser deliberada: se você não tomar nota do músico, você não tem que se sentir culpado por não dar dinheiro.
Pode ser verdade, mas ninguém deu essa explicação. As pessoas simplesmente disseram que estavam ocupadas, tinham outras coisas em sua cabeça. Algumas pessoas que estavam falando em celulares gritaram mais alto quando passaram por Bell, tentando competir com o barulho infernal.
Na preparação para este evento, os editores do The Post discutiram como lidar com prováveis resultados. A suposição mais difundida era de que poderia haver um problema com o controle da multidão: eles achavam que várias pessoas reconheceriam Bell.
Conforme se reunissem, se uma multidão se formasse, câmeras provavelmente começariam a piscar, mais pessoas começariam a chegar, então o que aconteceria? Atrapalharia o metrô? Causaria brigas?
No fim das contas, apenas uma pessoa ficou mais de 9 minutos ouvindo Bell – John Picarello, porque gostava de música clássica e realmente adorou o que ouviu, distinguindo que era um músico muito bom que estava a sua frente.
E apenas uma pessoa realmente reconheceu Bell. Stacy Furukawa havia visto Bell tocar em um concerto antes, e certamente parou, surpresa, para ouvi-lo no metrô. “Foi a coisa mais impressionante que eu já vi em Washington”, diz Furukawa. “Joshua Bell estava lá tocando na hora do rush, e as pessoas não paravam, e nem mesmo olhavam, e alguns jogaram moedas para ele! Moedas!”, comentou. Graças a ela, que lhe deu US$ 20, a contagem final chegou a US$ 32,17.
Sim, algumas pessoas deram centavos ao cara que foi, semanas depois desse dia, aclamado o melhor músico clássico da América pelo prêmio Avery Fisher.

 Não reconhecemos o belo, ou o belo é irrelevante?

Slatkin errou. Nunca houve uma multidão, nem mesmo por um segundo.
Foi tudo filmado por uma câmera escondida. Você pode reproduzir a gravação uma ou 15 vezes, nunca fica mais fácil de assistir.
Se um grande músico toca incríveis músicas e ninguém ouve… Será que ele é realmente bom?
Esse é um velho debate epistemológico. Platão já pesou sobre o assunto, assim como filósofos de dois milênios depois. O que é beleza?
É um fato mensurável (Gottfried Leibniz), ou apenas um parecer (David Hume), ou é um pouco de cada um, colorido pelo estado imediato da mente do observador (Immanuel Kant)?
Kant pode estar certo.
“No início, eu estava apenas concentrado em tocar a música. Eu não estava realmente vendo o que estava acontecendo ao meu redor. Quando você toca uma peça para violino, você é um contador de histórias, e você está contando uma história”, diz Bell.
Eventualmente, porém, ele começou a roubar um olhar de soslaio. “Foi uma sensação estranha, de que as pessoas estavam na verdade, ah…”. A palavra não vem facilmente. “… Ignorando-me”, fala, por fim.
“Em um concerto, fico chateado se alguém tosse ou se o celular de alguém toca. Mas lá, as minhas expectativas diminuíram rapidamente. Comecei a apreciar qualquer reconhecimento, mesmo um olhar ligeiro. Eu ficava estranhamente grato quando alguém jogava um dólar, em vez de moedas”, conta. E isso vem de um homem cujo talento pode exigir US$ 1.000 (cerca de R$ 2 mil) por minuto.
Mark Leithauser é o curador sênior da National Gallery, e supervisiona o enquadramento das pinturas. Ele acha que tem alguma ideia do que aconteceu naquela estação de metro.
Fora de contexto, Leithauser acredita que mesmo especialistas não reconheceriam uma obra-prima. Poderiam notar a similaridade, mas talvez não validariam um quadro famoso ou valioso pendurado sem uma moldura elegante em um restaurante qualquer.
Portanto, ele acha que não devemos rotular prontamente os transeuntes americanos de “não sofisticados”. O contexto importa.
Kant concorda. Ele já argumentou que a habilidade de apreciar a beleza está relacionada com a habilidade de fazer julgamentos morais. Mas há uma ressalva. Para adequadamente apreciar a beleza, as condições de visualização devem ser ideais.
No metrô, com pressa, indo ao trabalho, de fato não é o momento ideal para apreciar Joshua Bell. E, fora de contexto, é difícil reconhecê-lo – como de fato foi, até mesmo para o cara que se sentou lá 9 minutos e gostava de música clássica – e de Bell.
Vamos dizer que Kant está certo. Vamos aceitar que não podemos olhar para o que aconteceu em 12 de janeiro de 2007 e fazer qualquer julgamento sobre a sofisticação do povo ou a sua capacidade de apreciar a beleza.

Mas e sobre sua capacidade de apreciar a vida?

Estamos ocupados. Somos ocupados. A vida moderna nos leva a uma constante busca pela acumulação de riqueza. Mas e o resto?
Se não temos tempo para parar um momento e ouvir um dos melhores músicos da Terra tocar algumas das melhores músicas já escritas, então o que mais estamos perdendo? Nossas prioridades estão todas erradas?
Isso somente cada um pode dizer a si mesmo. Eu sei que, da próxima vez que passar por qualquer alguém tocando qualquer coisa, vou fazer meu máximo para ouvir. Antes perder meu tempo com coisas demais do que perder meu tempo com coisas de menos. [WashigtonPost]

Fonte: HypeScience.

ARTIGOS RELACIONADOS

2 comentários:

  1. Oiiiiiiiiii *.* luz do olhos de fé!!!!!!! tudo joinha, princeso? eheh :)

    Finalmente, apareci, estoy aqui. E se Deus é Luz, você é Itaipu (via Cantadas de Pedreiro).

    Olha amigo, esses papos ai de música é muito interessante, gosto muito do Nando Reis e vc, até lembrei de uma canção q adoro, é Hare Krishna, tu gostas? http://www.youtube.com/watch?v=luII7cBKpVU

    beijocas :)

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Claro Princesa Helanny! Há vários estilos de musicas, para todos os gostos, mas o que estamos falando é algo especial. A musica como terapia e tratamento profilaxo. O efeito da boa musica sobre todos os seres vivos e até sôbre os os elementos (Água, terra.) Também gosto de Nando Reis. Principalmente O Segundo Sol. Mas Hare Crishna não é musca, é Mantra. Não é musicoterapia, é mantralogia, ou mantraterapia. Vocalizaçoes sagradas. Bjos.

      Excluir